Fafá de Belém ganha musical em homenagem aos seus 50 anos de carreira
Jô Santana, diretor da fato produções produzirá o musical inspirado na vida e obra de Fafá de Belém
As músicas da cantora Fafá de Belém, que completa 67 anos hoje, 9, fazem parte não só do repertório dos paraenses, mas dos brasileiros. A artista é conhecida internacionalmente e em 2024 completará 50 anos de carreira e, como homenagem, ganhará um musical, com previsão de estreia para o segundo semestre de 2025. O diretor e produtor Jô Santana, idealizador do musical da Fafá, que terá texto e direção de Miguel Falabella, contou com exclusividade para a reportagem de O Liberal, sobre a novidade.
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Além do espetáculo de teatro musical, Fafá de Belém também será homenageada e tema do samba enredo "A Cabocla Mística em Rituais da Floresta", pela escola de samba Império de Casa Verde de São Paulo, no Carnaval 2024.
O idealizador do musical de Fafá, o ator, produtor e diretor Jô Santana já realizou outros espetáculos musicais de nomes da música brasileira, entre eles, a "Trilogia do Samba", série de musicais sobre ícones do samba: “Cartola – O Mundo é um Moinho”, “Dona Ivone Lara, um Sorriso Negro” e “Marrom, o Musical”, este último apresentado no primeiro semestre, em Belém.
Para Jô, Fafá está para o Pará, assim como Alcione está para o Maranhão e diz que a ideia de fazer o musical inspirado na paraense ganhou mais força quando esteve na capital paraense. "Isso ficou muito claro para nós quando estivemos na capital paraense, entre março e abril deste ano, levando ao palco do belíssimo Theatro da Paz o espetáculo Marrom. Eu sempre amei a Fafá. Eu queria muito fazer duas personalidades daí do Pará, aí conversando com dois amigos aí do Pará. Quem me apresentou Belém do Pará foram Emanoel Freitas e Dira Paes. Me encantei pelo Theatro da Paz. Fafá e Miguel Falabella têm uma amizade. Ela fará 50 anos de carreira, ela merece esse musical", começou.
Jô acredita que celebrar Fafá é necessário e que precisaria contar a sua história, não sem antes pedir sua autorização e benção, relembrou. Entre ligações com Fafá e Miguel Falabella, aconteceu um café no mês de julho na casa da paraense, onde a parceria foi formalizada. "Fafá é paixão, você chega na casa dela, é só alegria. Eu cheguei e disse: 'Fafá, você quer mesmo que eu faça esse musical?', porque é muito importante essa conexão com o artista. Ela ficou muito emocionada. Eu fui realmente bater cabeça a ela, pedir a benção... A história de vocês é grande, então, eu fui pedir licença e agora quero pedir licença ao povo paraense. Podem esperar a direção e texto de Miguel Falabella. Eles são muito amigos. Então é um trio babado e confusão e gritaria. Fafá de Belém, Miguel Falabella e Jô Santana", disse entre risos.
O público de Belém poderá esperar um espetáculo potente, digno da história da região, do estado e da artista homenageada, declarou Jô Santana. "Estamos muito honrados em poder contar a história desta grande artista que representa o Pará e o Brasil, por todo o mundo. Mesclar as histórias do seu lugar, Belém, do seu estado do Pará, assim como fizemos com a homenagem a Alcione. E, mais uma vez, nessa dobradinha com o grande Miguel Falabella. Temos a certeza de que o público ficará encantado, não só as pessoas do Pará, mas gente de todas as cidades por onde pudermos levar esse novo projeto, em todas as regiões do Brasil", finalizou.
Musical pretende valorizar artistas locais no elenco e com curso de teatro musical
O diretor Jô Santana revelou que além de homenagear Fafá de Belém pretende fazer uma seleção de elenco em Belém do Pará. Em outubro deste ano ele virá ao Círio de Nazaré, o que já entende como o início do laboratório para o processo de produção musical. Jô conta que assim como realizou uma seleção de atores para participarem do curso de teatro musical para selecionar o elenco do musical Marrom, no Maranhão, pretende utilizar o mesmo formato neste novo projeto.
"Serão 30 dias de curso com aulas de canto, dança e interpretação. O Pará tem muitos talentos e queremos selecionar esses artistas para o musical. Pretendemos fazer também um curso de produção cultural... Eu quero fazer um curso, no mesmo formato do Marrom. Tirar alguns atores da cidade para fazer o espetáculo. É muito importante essa conexão com a cultura local", argumentou.
Jô revelou que os artistas que admira também são combustíveis para a sua criação. "Eu sou movido pela paixão. E neste momento tem três coisas que me movem: Martinho da Vila, Johnny Alf e nossa querida Fafá de Belém", afirmou.
O diretor espera que não só o público de Belém abrace a ideia, como os artistas da cena local de teatro musical também se preparem e se inscrevam nas audições para o projeto. "Estamos no processo de pesquisa. Eu vou estar aí no mês de outubro, no Círio de Nazaré, eu com meu produtor, 2025 está na boca para um musical, parece muito, mas temos que levantar leis, editais. Já comecei a minha pesquisa. Eu quero vivenciar o Círio. Preciso viver esse momento com o povo paraense. Falar de Fafá é falar do Pará. Atores do Pará, já vão se preparando", concluiu.
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