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Fábio Jr gravou clássico do cinema brasileiro em Belém

“Bye Bye Brasil” de Cacá Diegues foi uma das aventuras de Fábio Jr. no cinema brasileiro

Vito Gemaque
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Um dos momentos importantes da carreira de Fábio Jr foi a incursão no cinema brasileiro. O artista participou de um filme considerado um dos maiores clássicos da sétima arte nacional Bye Bye Brasil”. O filme de Cacá Diegues tem íntima relação com Belém, onde foi gravado, em 1979. O filme está na lista dos 100 melhores filmes da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

Fábio concedeu entrevista para falar sobre os 70 anos de vida, que completará no próximo dia 21 de novembro. Ele lançará no mesmo dia o primeiro show da turnê "Bem mais que 20 os meus poucos anos", com participação de Luan Santana, em São Paulo. 

O trabalho tem um lugar especial no coração de Fábio Júnior. Ao comentar de ter feito parte do elenco de um dos trabalhos mais importantes do cinema nacional, ainda sem nenhuma experiência, Fábio Jr somente agradece a oportunidade. “Não estou falando que tenho sorte? Sou um abençoado por Deus, protegido mesmo”, enfatizou.

O longa dirigido e roteirizado por Cacá Diegues traz na história Salomé, que foi interpretada por Betty Faria, Lorde Cigano (José Wilker) e Andorinha (Príncipe Nabor) que são três artistas mambembes que cruzam o país com a Caravana Rolidei, apresentando espetáculos para a população brasileira mais humilde que ainda não tem acesso à televisão. A eles se juntam o acordeonista Ciço, papel de Fábio Jr., e sua esposa, Dasdô (Zaira Zambelli), com os quais a Caravana cruza a Amazônia pela rodovia Transamazônica até chegar a Altamira. O longa foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França, um dos mais importantes do mundo, em 1980.

Fábio confessa que pensou em desistir do projeto no meio devido a insegurança que sentiu na atuação. “Eu nunca tinha feito cinema e era pouco acostumado com televisão, só com o ‘Ciranda Cirandinha’. O Cacá me viu no programa que era uma série e me chamou para fazer o filme. Quando comecei a filmar, eles começaram a rodar o filme, eu estava muito inseguro, muito, muito, muito. Aí chamei o Cacá de lado assim, e falei ‘obrigado pelo convite e tal, mas acho que não é minha praia não’. Porque a confecção da coisa do filme é diferente, o ‘time’ é outro”, lembra.

image Fábio Jr completa 70 anos na próxima terça-feira, dia 21 de novembro. (Marcos Hermes / Divulgação)

O diretor Cacá Diegues insistiu e convenceu Fábio a continuar e gravar para hoje o cantor tem grande orgulho de ter participado desta produção “E eu falei Cacá ‘desculpa, eu quero ir embora, eu não estou sabendo lidar com esse negócio de cinema, você me perdoe’. Ele me deu uma aula assim sobre cinema, sobre atuar, e sobre humildade, gentileza. Ele realmente é uma pessoa diferente. Aí óbvio, acabou o papo e eu falei tô dentro. Todos foram superlegais comigo, todos sabiam que eu estava muito inseguro e que era um iniciante ali”, destaca. “Ele é uma pessoa muito especial. O Cacá não tem igual. É uma alma assim que você pode... eu não tenho palavras”, elogia.

Uma lembrança triste é o incêndio no Palácio dos Bares, onde o filme estava sendo gravado, em Belém, na beira do Rio Guamá. O espaço que era de madeira pegou fogo devido o calor dos refletores de cinema. Felizmente não houve vítimas fatais. Fábio Jr ficou ferido no pé. O ator José Wilker para se salvar se jogou no rio e foi resgatado por barcos de ribeirinhos.

“O Palácio dos Bares fica bem na beira do rio. Era de madeira, plástico, uma coisa assim totalmente propícia para isso. Eu lembro que a gente estava na varanda, e o rio era aqui (diz Fábio apontando para frente). Eu estava na varanda, e a Betty aqui mais para dentro do lado esquerdo. Eu tinha virado para o rio, porque a cena era isso e falava alguma coisa. E aí comecei a ouvir ‘tá pegando fogo, tá pegando fogo’. A minha reação ali foi ir pegar a Betty e sair correndo. Infelizmente, isso é uma lembrança de uma coisa chata que aconteceu”, relembra.

Após esses 70 anos e uma carreira de sucesso com todos os tipos de trabalhos, ser um sonhador é o segredo que Fábio Jr faz questão de revelar que lhe levou muito adiante. “Sou um cara sem limites para sonhar, porque senão não teria chegada até aqui. Eu insisto, sonhar não paga nada e não tem limites. Você vai descobrindo o limite para você adequar para você. Tem que sonhar mesmo e acreditar”.

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