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Exclusivo: Igor Normando fala como a cultura belenense ganhará destaque na sua gestão

Prefeito eleito para os próximos quatro anos, falou com exclusividade sobre propostas para a cultura de Belém.

Bruna Dias

A partir do dia 1º de janeiro de 2025, Igor Normando assume o cargo de Prefeito de Belém. Eleito no segundo turno das eleições municipais, ele segue em trabalho de transição com a atual gestão. Para o trabalho na área da cultura durante o mandato, Igor Normando promete inserir o turismo em uma parceria que fomente também a economia de Belém.

As expectativas do novo gestor é andar lado a lado com o Governo do Estado, mas valorizando as características culturais de Belém. Igor Normando ainda aproveitou para falar sobre a importância da COP 30 para o setor cultural.

Em 2025 vai ser um ano super importante para Belém em diversos seguimentos, incluindo na Cultura, principalmente no Carnaval, com o destaque na Grande Rio. De que forma você fará essa valorização das escolas de samba locais e também outras manifestações de cultura popular?

Igor Normando: Primeiro nós vamos chamar os fazedores e fazedoras de cultura para um amplo debate, para uma conversa, para ouvi-los. Nós fizemos isso durante o nosso período pré-eleitoral e no nosso período eleitoral. Na nossa gestão nós vamos ter um diálogo constante, primeiro mostrando a realidade orçamentária do município e encontrando saídas para que a gente possa ao mesmo tempo que investir na cultura como também uma fonte de geração de emprego e renda, e lógico fomentando cada vez mais o turismo, mas também dando a oportunidade para que eles possam também dar soluções, nos ajudar na construção de um grande para a cidade em relação a cultura. Em relação as escolas de samba, tanto como os pássaros juninos, como as quadrilhas juninas, nós discutimos durante o período eleitoral e a ideia é que a gente possa ter um calendário cultural de janeiro a janeiro não só nos períodos festivos. A ideia é que turismo e cultura lado a lado no nosso governo.

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Em 2024, ocorreram muitos festivais musicais e de gastronomia em Belém, super aceitos pelo público. Como a Prefeitura pretende contribuir com essas iniciativas que vem de fora? Já que uma das críticas de profissionais locais era a ausência de contratações locais de artistas e profissionais de Belém/Pará nesses eventos.

IN: Não existe hipótese alguma de qualquer ação da prefeitura ou qualquer ação onde a prefeitura possa participar que não tenha participação de agentes locais de cultura. Nosso artista, as pessoas que fazem cultura na nossa cidade sempre serão valorizadas em todo e qualquer evento que a prefeitura participe. Então, nós não vamos aceitar hipótese alguma que em qualquer evento seja de fora, seja da própria prefeitura, não tem nenhuma participação a de artigos locais.

Alguns locais públicos foram tomados pela população para manifestações culturais gratuitas, como por exemplo o Complexo do Ver-o-Peso. O espaço está em reforma e um dos receios dos artistas é que futuramente ele não possa mais ser usado por eles. De que forma na sua gestão terá essa valorização dessas manifestações dos próprios artistas nesses lugares públicos?

IN: Uma das nossas propostas é ocupar principalmente locais públicos como as praças e os espaços com atividades culturais de janeiro a janeiro. É isso que nós vamos fazer, tudo isso aliando a geração de emprego e renda também. Eu digo isso porque quando você faz um festival cultural em uma praça da cidade você não está fomentando só aos artistas locais, mas trabalha aquele que está vendendo lanche ou que está vendendo água ou refrigerante. Trabalha toda uma cadeia produtiva e é isso que nós vamos fazer, nós vamos fazer com que a cultura seja realmente um grande foco de geração de emprego e renda para nossa cidade.

Vamos fazer a um projeto de cidade onde cultura e turismo andem lado a lado. Então nós vamos fazer uma grande construção na Fumbel para que tanto ela quanto a Belém Tur possam ter uma afinidade na construção do seu calendário e das suas atividades e ações. Vamos fazer cultura com o viés turístico e com o fomento de novos artistas, e lógico valorizando principalmente a cultura da periferia.

Você já tem o nome que vai assumir a presidência da Fumbel? Que características você procura para alguém assumir esse cargo?

IN: Nós ainda não temos nomes para as secretarias, mas temos perfis. Os perfis que procuramos, principalmente para área da cultura e do turismo, que vão andar lado a lado, é de alguém que possa ter capacidade de diálogo, que tenha sensibilidade e que pense de forma empreendedora. Como eu falei anteriormente, cultura, turismo e empreendedorismo têm que andar lado a lado na nossa cidade. O turismo depois da COP 30 vai ser sem dúvida alguma uma das grandes matrizes econômicas da nossa cidade. Nós precisamos valorizar isso, não dá para gente pensar em turismo em Belém, sem pensar em cultura, em programação cultural e valorização dos nossos artistas da terra.

Qual será a participação da PMB para os grandes eventos que vão ocorrer em Belém, como o festival Amazônia Para Sempre?

IN: Assim que assumimos nós vamos procurar o Governo do Estado, vamos nos inteirar das agendas culturais do Estado, assim como também vamos procurá-los para mostrar as nossas propostas de agenda cultural até o final do ano que vem. Então nós vamos fazer uma agenda com grande sinergia. Nós prometemos durante a campanha que seríamos uma parceria grande do Governo do Estado e eles seriam também, um grande parceiro da Prefeitura de Belém. Então nós vamos construir grandes agendas em conjunto. O Amazônia Para Sempre é mais um desses eventos que nós vamos trabalhar em conjunto, a Prefeitura vai fazer sua parte.

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