‘Eu Recomendo’: cineasta Jorane Castro fala sobre mulheres que quebraram barreiras na premiação
Ao longo de 96 anos de premiação do Oscar, apenas três mulheres foram agraciadas com o prêmio de Melhor Direção, todas no século XXI.
No cenário do cinema, o reconhecimento feminino na direção nem sempre foi abundante. Ao longo de 96 anos de premiação do Oscar, apenas três mulheres foram agraciadas com o prêmio de Melhor Direção, todas no século XXI. Em alusão ao Dia Internacional da Mulher e no clima da premiação do Oscar, o ‘Eu Recomendo’ desta semana convidou a cineasta Jorane Castro que destaca a relevância das 3 figuras que quebraram barreiras e deixaram sua marca na história do cinema.
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A cineasta dá destaque para as três mulheres a conquistar a estatueta: Kathryn Bigelow por “Guerra ao Terror”. em 2010. Chloé Zhao por “Nomadland”, em 2021. Jane Campion por “Ataque dos Cães”, em 2022. E relembra que a primeira ficção filmada no cinema foi “A fada dos repolhos” dirigida por uma mulher, Alice Guy, em 1896, fica aí uma boa reflexão sobre a indústria do cinema.
"Chloé Zahour é uma artista, é uma cineasta, ela já vem só do cinema, já de uma trajetória de curta-metragem, dos grandes festivais, como Clermont-Ferrand, aí depois ela já estreia o primeiro longa dela no festival Sundance, nos Estados Unidos, e aí a partir daí ela começa nesse mercado dos filmes independentes, que também têm uma potência muito boa nos Estados Unidos, e aí ela se tornou um talento a ser seguido, então a trajetória dela é mais jovem do que as duas outras, a trajetória dela começa mais ou menos em 2008, e aí agora ela conseguiu em 2020 ganhar esse exame. Esse primeiro Oscar, e também trabalhou com uma atriz genial, que é a Frances Backdorman. Ela é um novo talento, uma pessoa a ser seguida pela história e pela essa realidade crua que ela mostra dos Estados Unidos contemporâneos. Ela também é uma referência importante para o nosso panorama de cineastas que estão fazendo e propondo um olhar novo sobre o cinema."
Jorane também destaca a experiência e a genialidade de Jane Campion, ressaltando a sensibilidade e o impacto de suas obras: "Jane Campion, que é a mais experiente, começou a fazer cinema antes, bem antes do que as duas outras, e ela, para mim, é uma das minhas cineastas favoritas. Eu acho que ela é neozelandesa, trabalha na Austrália, e ela fez esse último filme, O Ataque dos Cães, nos Estados Unidos. É um filme maravilhoso. Mas, para mim, onde ela começou a me tocar como cineasta, um dos meus filmes favoritos, que é O Piano, The Piano, que foi feito na década de 90, e que ganhou uma palma de ouro. E, se não me engano, também foi a primeira palma de ouro que deram para uma mulher, acho que em 92, 93. Palma de ouro é o prêmio máximo do Festival de Cannes, na França. Também, ela já vence, fortalece, então o nome dela está no cenário de realizadoras e ela se tornou a referência por esse belíssimo filme. O Piano é um filme, assim, é uma obra-prima, eu acho ele fantástico, e um universo muito rico, filmado todo na Nova Zelândia, onde ela nasceu."
Finalizando suas recomendações, Jorane convida o público a explorar o trabalho dessas cineastas, cujas contribuições são essenciais para a diversidade e a qualidade do cinema contemporâneo.
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