‘Eu Recomendo’: Bruno Costa revela sua relação com o samba-enredo e o carnaval
O cantor foi convidado pelo Grupo O Liberal para fazer três indicações de sambas-enredos do carnaval de Belém
Em clima de folia, o Grupo O Liberal conversou com Bruno Costa, cantor de samba-enredo da Escola de Samba Bole Bole, para o quadro ‘Eu Recomendo’. O artista recomenda indicações imperdíveis de sambas para o carnaval e também conta um pouco mais da sua história nesta festa tão marcante.
O sambista já passou por quatro Escolas de Samba do carnaval de Belém e esse é o seu segundo ano com a Boli Boli, que ano passado foi campeã. “A gente trabalha agora pelo nosso campeonato, cada vez mais integrado e afinado com a comunidade, com a bateria, criando essa identidade que é muito característica nossa na avenida”, diz.
Como grande admirador do caranval, Bruno destaca entre suas indicações três sambas-enredos que considera grandiosos dos carnavais de Belém. Começando por ‘Belém dos Grandes Carnavais’, do Acadêmicos da Pedreira, que o cantor considera um hino imortal. “Descreve muito o nosso jeito de fazer carnaval, os pontos da cidade e os formatos da folia. Esse samba é memorável, queria muito ter cantado ele na avenida”, conta.
O segundo é ‘Made in Barcarena’, do Rancho em 2019, na qual a escola foi bicampeã e marcou a retomada do carnaval para Aldeia Cabana. “Foi um carnaval muito marcante, debaixo de chuva. A gente estava vindo de duas perdas significativas na escola, de pessoas que partiram e que deixaram um grande buraco, mas que com a nossa união conseguiu fazer um desfile arrebatador”, explica.
Por fim, sua terceira e última indicação é ‘400 anos de Belém: a festa no Guamá já começou’, samba-enredo da Bole Bole em 2016. “É um título emblemático que muitas pessoas consideram mais relevante no Carnaval de Belém, por ser dos 400 anos. Foi um ano em que todas as escolas tiveram que ter o mesmo enredo, homenageando Belém. E a Bole Bole foi por uma vertente totalmente diferente das outras escolas e conseguiu se tornar campeão. Então é um samba que mexe com a comunidade e é histórico”, comenta.
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Samba e carnaval
A relação de Bruno com a música e o carnaval foi uma herança de seus pais que gostavam de acompanhar os desfiles das Escolas de Samba, chegando até a viajar para acompanhar de perto os desfiles na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Na década de 80 o seu pai desfilou em algumas escolas em Belém. “No ensino médio eu estudava em um colégio tradicional religioso. Por lá, participei desses concursos de música, mas com um samba-enredo dentro da temática religiosa. Então, foi aí que eu fui estreitando minha relação com esse meu lado de intérprete, de puxador de escola de samba”, relembra.
“Com o tempo passei a frequentar mais os eventos de carnaval, ia para as arquibancadas assistir com o meu pai e passei a me integrar mais. Após essa experiência no colégio, surgiu a oportunidade de competir em uma Escola de Samba. E aí, eu decidi participar com uma obra minha, e como eu não conhecia muita gente para cantar, eu mesmo tive que defender a obra. Nessa primeira chance o samba não ganhou, mas eu ganhei como melhor intérprete no concurso”, conclui.
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