Estrela de 'Pose', Billy Porter critica Harry Styles de vestido na Vogue; entenda

O ator questionou a escolha de um homem branco e heterossexual para uma edição que abordava a moda não-binária

O Liberal com informações de PopLine
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A edição de dezembro do ano passado da revista Vogue segue dando o que falar. Naquela ocasião, a publicação teve o cantor Harry Styles como capa, representando a moda não-binária ao posar usando um vestido. O assunto foi resgatado pelo ator Billy Porter na segunda-feira, 17, em uma entrevista ao britânico Sunday Times Style. A estrela da série "Pose", que recentemente foi destaque no novo remake de "Cinderela", disse sentir falta de seus créditos, já que acredita ter sido o primeiro a levantar a bandeira da moda não-binária no mundo das estrelas.

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A moda não-binária diz respeito a fazer com que as roupas não sejam ligadas aos gêneros binários: masculino e feminino. É como questionar o caso de vestidos serem usados exclusivamente por mulheres, por exemplo. Desde que se tornou um A-list de Hollywood, Billy realmente ficou conhecido como uma figura que mudou a forma como os homens tradicionalmente apareciam em grandes eventos como tapetes vermelhos de premiações.

“Eu, pessoalmente, mudei todo o jogo. E isso não é ego, é apenas um fato. Fui o primeiro a fazer isso e agora todo mundo está fazendo”, falou ao Sundat Times.

“Sinto que a indústria da moda me aceitou porque foi obrigada. Não estou necessariamente convencido e aqui está o porquê. Eu criei a conversa [sobre moda não-binária] e ainda assim a Vogue ainda colocou Harry Styles, um homem branco heterossexual, em um vestido em sua capa pela primeira vez“, justificou o ator de 52 anos.

Billy disse não ter nada contra Harry Styles, o que questiona é a decição da revista em escolher o cantor para uma edição que abordava um tema historicamente ligado a comunidade LGBTQIA+.

“Não estou falando mal do Harry Styles, mas é ele que você vai tentar usar para representar esta nova conversa? Ele não se importa, ele só está fazendo isso porque é a coisa certa a fazer”, acrescentou Porter.

Não é de hoje que Harry Styles é acusado de exagerar no Queerbaiting - quando uma pessoa se apropria de símbolos ligados a comunidade LGBTQIA+ para promover seu trabalho, esvaziando o aspecto político do movimento. Além de aparecer de vestido na capa da Vogue, Harry também já sugeriu bissexualidade em videoclipes recentes, mas nunca assumiu relacionamento com outro homem.

“Isso é política para mim. Isto é minha vida. Tive que lutar minha vida inteira para chegar ao lugar onde pudesse usar um vestido para o Oscar e não ser morto. Tudo o que ele precisa fazer é ser branco e heterossexual“, finalizou Porter.

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