Edson Celulari revela sonho de conhecer Círio de Nazaré: 'Ainda não tive oportunidade'
De volta às novelas na próxima trama das 19h da TV Globo, “Fuzuê”, o ator fala de sua trajetória de sucesso e o amor por Belém do Pará
Entre os espectadores de televisão no Brasil, especialmente os amantes de telenovelas, o ator Edson Celulari está entre os artistas de maior destaque. Sucesso desde 1989, quando interpretou o personagem Jean-Pierre na novela “Que Rei Sou Eu? ”, Celulari nasceu em Bauru, em São Paulo, em 20 de março de 1958, e encontrou os palcos quando o pai comprou uma cantina perto de uma coxia de teatro. Aos 16 anos pegou a estrada para estudar na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo.
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Após “O Tempo não para”, de 2018, o ator estará na próxima novela das sete da Globo, “Fuzuê”. Com mais de 40 anos de carreira, ele agora vai interpretar o personagem Nero, o patriarca da família dona da loja “Fuzuê”, local central para a história. Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, o ator falou sobre o novo personagem, a trajetória de sucesso e o carinho que nutre por Belém do Pará. Inclusive, sobre um sonho que ainda está por realizar na capital paraense: conhecer o Círio de Nazaré.
Olá, Edson. Fale um pouco sobre o início da sua trajetória. Você sempre quis ser ator?
E: Não. Antes de escolher o caminho artístico, queria ser engenheiro eletrônico, astronauta, jogador de futebol, dentista e cientista.
“Fuzuê” estreia na próxima segunda-feira. Vamos falar sobre o seu personagem. Quem é o Nero?
E: O Nero é um personagem muito positivo, que acredita que as coisas vão dar certo, que a cada novo dia o sol vai raiar e as coisas vão acontecer. Ele acredita nos seus valores, fala com o coração, não admite injustiças e é apaixonado pela família. É um personagem que acredita que o tesouro de cada um está na verdade, dentro de si. Ele acredita na cultura brasileira, sempre está defendendo não só o artista, mas o artesão brasileiro. É um cara que eu tenho certeza que muitas pessoas vão se identificar, principalmente com a simplicidade que ele carrega com ele. O Nero transborda coração, amor, brasilidade, energia e positividade. Amoroso, enlouquecido pelos filhos, sabe que cada filho é um filho. E é assim que lido também com os meus da vida real.
Não é a primeira vez que você interpreta um “paizão”. O que podemos dizer que Nero e Edson Celulari tem em comum?
E: Ambos são bastante impulsivos (risos). Ele compra alguns problemas com isso. Acho que eu sou um pouco assim também. Mas na verdade, na minha opinião, a similaridade mais importante é a alegria pela vida, isso certamente, nós temos em comum.
Você já protagonizou diversos trabalhos. O que te motiva a aceitar um papel desse tipo?
E: Nós atores representamos a vida, o humano, e todo texto que tenha uma boa qualidade de material me interessa muito. O que me atrai é isso, um bom material. Usufruir o olhar sobre o humano, as questões familiares, de homem e mulher. Acredito que uma pessoa saia de casa para ver um espetáculo pensando em acrescentar alguma coisa e se divertir. E essa é minha função.
Dentre tantos trabalhos em TV, teatro, qual você acredita que tenha sido o divisor de águas na sua carreira?
E: Todos têm sua importância. Mas destaco, no meu trabalho: “Que Rei Sou Eu?”, que marcou uma revolução em termos de formato da TV; “Fera Ferida”, como o Raimundo Flamel; “Calígula”, no teatro; o Vadinho, na minissérie “Dona Flor e Seus Dois Maridos”. São vários.
Você circulou por várias cidades brasileiras em sua carreira. O que você tem a falar sobre Belém do Pará?
E: Nossa, é a melhor culinária do Brasil! Ali tem indígena, africano, europeu, a infinidade da floresta amazônica. Quando eu vou na sorveteria Cairu eu nunca consigo apenas comprar um, porque é uma diversidade infinita! Eu sou completamente apaixonado por essa terra.
O que você acha do público paraense?
E: É um público extraordinário! Caloroso! Sempre nos prestigiaram com muito amor e respeito. Muitas vezes eu fui em Belém para fazer apenas uma data de peça e já ficava por vários dias. Muitas peças eu voltava! Sem falar no Theatro da Paz, o que é aquele lugar?” Deslumbrante. É um piso abençoado. Quantas figuras por ali passaram? Cada metro daquele teatro tem histórias. É uma cidade muito rica em cultura e diversidade.
Tem vontade de retornar para Belém?
E: Não apenas voltar em Belém, mas eu tenho o grande sonho de conhecer o “Círio de Nazaré”. Eu ainda não tive essa oportunidade e é uma festa linda. Tenho certeza que a emoção é surreal. Então para os próximos anos eu vou colocar na lista de objetivos.
Qual sentimento de voltar para a TV?
E: Nos últimos anos, fiz filmes e séries e estou muito feliz em voltar a fazer novela. Faço o gênero há mais de 45 anos e adoro. E esse personagem é positivo, vê beleza em tudo.
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