Dia do DJ: profissionais paraenses contam suas trajetórias com a mesa de mixagem de som

No dia 9 de março celebra-se o Dia Mundial do DJ. Paraenses Márcio Lins e Nic Dias são figuras emblemáticas da classe no Pará e contam as trajetórias com a mixagem de músicas

Gabriel Bentes
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Comemora-se neste sábado (09), o Dia Mundial do DJ. A data é uma homenagem aos profissionais de mixagens que conectam e animam as pessoas em uma festa por meio da escolha dos mais variados tipos e ritmos de músicas.

O Dia Mundial do DJ é comemorado desde 2002 e foi criado por iniciativa de duas instituições de caridade: World DJ Fund e a Nordoff Robbins Music, que utilizam a música para tratar pessoas enfermas. A sigla DJ deriva do inglês, que significa “disc jockey”, ou em português, disco jóquei. O mais comum é pronunciar “dee jay”, na língua inglesa, em vez do nome completo.

O DJ e jornalista paraense Márcio Lins é um dos integrantes da cena no Pará. Márcio conta que desde a adolescência sempre gostou de tocar e aquilo que iniciou como hobby se tornou algo mais profissional.

“Sempre tocava em eventos familiares, eventos particulares, aniversários, eventos de pessoas próximas. Só que isso foi com o tempo crescendo e de fato se tornou algo mais sério”, disse o DJ.

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Em 2020, no pico da pandemia de covid-19, Márcio realizava transmissões nas redes sociais tocando tecnobrega e tecnomelody, gêneros musicais típicos da região Norte do Brasil, e ganhou apreço pelos paraenses. “As pessoas estavam sofrendo bastante, com parentes partindo, pessoas próximas no hospital, pessoas que não podiam mais fazer as atividades que gostavam, sair, se divertir. Então, as lives acabaram cumprindo esse papel importante para levar também entretenimento”, apontou Márcio.

Visto quase todos os dias na televisão como apresentador de um programa da TV Liberal, o jornalista conta que é uma surpresa para a pessoas o verem fora do estúdio, com roupas mais simples e como DJ.

“A maioria das pessoas se surpreendem, porque estão acostumadas a ter aquela imagem minha mais séria que o jornal exige. [...] É um Márcio menos sério, mas, ao mesmo tempo, um Márcio que leva muito a sério aquilo que faz, que procura realmente fazer bem feito e fazer com que as pessoas se divirtam, afinal o DJ tem essa missão.”

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Outro nome emblemático entre os DJ’s paraenses é Nic Dias. Além de rapper e produtora, a artista, natural de Belém, também trabalha na mixagem de músicas em casas de festas. Ela conta que a profissão de DJ nasceu como uma necessidade de emprego, mas que acabou se apaixonando pelo que fazia.

“As minhas primeiras experiências foram incríveis, porque tive um apoio muito grande das minhas amigas, dos meus amigos, da minha família também. Então, tem sido um processo extremamente divertido e prazeroso”, relata a artista.

Em um cenário ainda predominado por homens, Nic conta que ser uma mulher DJ é complicado, mas que sente que está pavimentando a passagem paras outras. “É mais uma porta que a gente está abrindo, sem pedir licença mesmo, só chegando, e abrindo caminho”.

Para quem vai escutar o “Set da Nic Dias” pela primeira vez a artista garante: “Pode esperar muita ‘baguncinha’, como eu costumo falar. Eu gosto de fazer experimentações musicais. Misturar funk com música eletrônica, com rap, com drill, com grime, com gêneros que se conversam”.

Um conselho que Nic dá para quem quer começar os trabalhos como DJ é: “Não desista. Pesquisa. Ouve. Escuta. Toque o que você gosta de tocar. [...] Faça seu trabalho, se divirta e não desfoque do seu caminho.

(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão do coordenador do Núcleo de Cultura Abílio Dantas

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