Dança e circo se misturam no espetáculo 'O Ciclo de Atman - Aria'

Artistas encarnam pássaros e se utilizam da dança e da arte circense para representar o elemento ar

Alexandra Cavalcanti - Especial para O Liberal
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O elemento ar é o fio condutor do espetáculo 'O Ciclo de Atman – Ari'a. Nele os artistas encarnam pássaros e se utilizam da dança e da arte circense para representar esse elemento demonstrando a ideia de leveza, suavidade e vôo. O espetáculo será apresentado neste sábado, 11, e domingo, 12, no Teatro Waldemar Henrique.

A cantora Cacau Novais é responsável pela concepção e direção geral do espetáculo, realizado pela Cuxá Produtora Artística com a produção de Amanda Vilhena e Marcê Novais. “Esse trabalho faz parte do projeto O Ciclo de Atman, em que cada elemento é trabalhado num espetáculo diferente. A água foi o primeiro elemento representado em Chão de Águas nos anos de 2015 e 2017. Aria está voltado para o elemento ar e o próximo elemento a ser trabalhado será a terra, que foi todo desenvolvido em vídeo e será lançado em 2022”, antecipa Cacau.

Ela explica que Aria – ar em italiano – convida o público para uma experiência sensorial e artística que se baseia no ar, em toda a sua leveza, sua agilidade, suas nuances e intensidades. “De modo lúdico e interativo, utilizamos elementos do circo, o espetáculo inspira ideias e imagens que envolvem o espectador como num sonho, onde podemos voar na imensidão do céu como os pássaros ou como quando nos enchemos de paz e calmaria ao inspirar profundamente e expirar devagar”, explica.

No espetáculo, a dança e o circo se mesclam formando quase que a mesma linguagem artística. “Não tem um momento marcado em que termina uma linguagem e começa a outra. As duas estão conectadas e acontecem ao mesmo tempo em quase todo o espetáculo”, avalia.

O elemento ar é o fio condutor, por isso “há muitas imagens que remetem ao vento, ao vôo, à leveza e liberdade, ao canto dos pássaros e à transformação. É como um sonho em que imagens são construídas no imaginário do espectador”, destaca.

Para ela, a apresentação é uma forma de trazer ao público um fazer artístico diferente. Em cena, os artistas são pássaros. Ronald Costa, que faz a direção de elenco, interpreta o Carcará.  Bel Passinho é a Pávula e Sandy Diniz, a Paloma. Os três artistas transmitem, por meio de sua dança e suas acrobacias, emoções e sensações evocadas pelo ar. “A sensação de estar fazendo parte deste projeto é um suspiro depois de tudo que temos vivido. Particularmente posso chamar de superação e vejo a construção deste espetáculo como um desafio”, opina Ronald.

Já Bel Passinho garante que a sensação é de um retorno para casa. “Ele reacende a chama do circo que nunca apaga, lembra que não podemos parar com essa arte linda, que resistimos por respeito às técnicas circenses que nos foram passadas, mas principalmente por amor. É uma arte extremamente necessária na nossa sociedade porque ela resgata, transforma vidas, traz um pouco de magia à vida de quem assiste ou participa, aquece o coração e traz o brilho no olhar”, declara.

O espetáculo é executado via Emenda Parlamentar aprovada na gestão de Edmilson Rodrigues como Deputado Federal e coordenado pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa da Universidade Federal do Pará.

Agende-se:

Espetáculo O Ciclo de Atman – Aria
Data: sábado, 11, às 20h e domingo, 12, às 11h
Local: Teatro Experimental Waldemar Henrique
Entrada franca
Ingressos na plataforma Sympla

 

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