Com 6 mil m² de painéis, Ver-o-Rio recebe 2ª edição do Museu de Arte Urbana de Belém
Projeto faz do complexo um dos maiores museus ao ar livre da América Latina
O Complexo Ver-o-Rio recebe neste domingo (10/11) a segunda edição do Museu de Arte Urbana de Belém (M.A.U.B). O evento, que conta com uma programação gratuita para o público, reúne 6 mil metros quadrados de painéis artísticos - ocupados de maneira permanente - convertendo o espaço em um dos maiores museus ao ar livre da América Latina, além de shows, oficinas, feira criativa e gastronômica, visitas guiadas, batalhas de dança e outras atrações.
Gibson Almeida, que faz parte da direção-geral do evento, falou sobre a consolidação do projeto e suas consequências. “O M.A.U.B chega para essa segunda edição mais forte, mais experiente e ocupando mais espaço com um número maior de artistas, mais inscrições. O projeto é feito por meio de um edital aberto à participação de artistas do Brasil inteiro. São 20 obras que enfeitam o complexo Ver-o-Rio, dando uma nova roupagem, fazendo com que o local fique mais bonito e seguro, além de impulsionar as vendas dos comerciantes, que podem faturar mais”, afirmou.
Com artistas do Brasil inteiro, ao todo 26, seja nas produções visuais ou musicais, o projeto mostra sua pluralidade. “O intercambio é sempre válido. Temos artistas do Pará e de todas as regiões. Do Amazonas, de São Paulo, Distrito Federal. Temos o Djonga que é de Minas Gerais, além de quatro artistas locais participando do show, todos com convidados. É uma grande festa, uma grande celebração”, acrescentou Gibson.
Drica Chagas, artista visual paraense, que assinou o principal mural do evento, comentou sobre o movimento cultural. “Me sinto muito honrada pelo convite de participar desse museu de arte urbana que é um projeto grandioso. Belém realmente precisa de projetos nesse formato, temos uma cultura muito rica visualmente e com muitos artistas com estilos diferentes. Chamar artistas de outros estados também é algo muito interessante”, frisou.
A artista explicou também o teor da sua obra. Sua ideia é chamar atenção para a destruição da Amazônia. “Eu usei como tema esse processo que estamos sofrendo de crise climática, de queimadas. Hoje a gente sabe, que no Pará, nós temos várias terras que estão sendo invadidas por esse processo da queimada. Nó estamos perdendo um bioma muito importante para os seres humanos e animais também. É uma espécie de dança, uma dança ritual, de apagamento do fogo. Temos o macaco-prego, um gavião-real e um gato maracajá, que são animas em extinção”, finalizou.
Confira a programação completa:
MANHÃ
9h30: Oficina de Graffiti com o artista Ist Ego
10h: Batalha de Breaking, com DJ Bruno Beats, MC Styleguto e jurado Bboy Xamã
10h: Live Painting, com intervenções artísticas ao vivo até as 16h
10h30: Contação de Histórias com Tia OT
11h30: Oficina de Bolhas de Sabão com Daniel Quintanilha
Visitas Guiadas pelos murais ao longo da manhã, com duração de 40 minutos cada
A partir das 10h: Mini Ramp, Feira Criativa e Praça de Alimentação
TARDE
15h: Segunda Oficina de Graffiti com Ist Ego
16h: Sessão de Mini Ramp com atletas convidados
16h: Oficina de Construção de Bonecos com Recicláveis, promovida pelo Coletivo Anima Sonhos
Visitas Guiadas até as 15h, com duração de 40 minutos cada.
ATRAÇÕES MUSICAIS (NOITE)
DJ Morcegão (Abertura, Intervalos e Encerramento)
18h: Karen Francis, com participação de Anna Suav e Gigi Furtado
19h: Pelé do Manifesto, com participação de Nic Dias
20h10: Djonga
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