Clara Pinto fala sobre a história na dança do Pará no novo episódio do Mangueirosamente

Ismaelino Pinto entrevista a bailarina, coreógrafa e fundadora do Festival Internacional de Dança na Amazônia (FIDA)

O Liberal
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Um dos maiores ícones da dança no Estado do Pará, Clara Pinto é a nova entrevistada do videocast Mangueirosamente que vai ao ar nesta sexta-feira, dia 25, no portal OLIBERAL.COM. O programa apresentado por Ismaelino Pinto falará um pouco sobre a história da bailarina, professora e coreógrafa Clara Pinto fundadora do Festival Internacional de Dança na Amazônia (FIDA), que chegará à 30ª edição neste ano.

Na entrevista com o amigo íntimo, a professora Clara Pinto revela que não sabia o que era ballet quando começou. Diferente do mundo atual que disponibiliza muitas informações pela internet, a jovem Clara Pinto só foi ter conhecimento sobre a dança quando encontro o professor Augusto Rodrigues, precursor no ensino da dança clássica no Pará.

“Eu não sabia o que era ballet. Não sabia o que era isso. Não é como hoje com a globalização em que você pode saber de tudo. Eu gostava muito exercícios físicos. Falaram para minha mãe de um professor que dava aula de ballet clássico, e quem era o professor? Augusto Rodrigues. Minha mãe me levou lá para fazer esse teste com ele. Do primeiro dia que fiz até hoje nunca mais deixei a dança. Me apaixonei”, revelou.

A dança propiciou à Clara Pinto entrar em muitos lugares, como o período que se tornou bailarina do Programa Pierre Show, na TV Marajoara. O programa apresentado por Pierre Beltrand, o falecido colunista do jornal Amazônia Ubiratan de Aguiar, era um sucesso com notícias, informações sobre a sociedade, apresentações de cantores importantes e artísticas. No programa, Clara Pinto conheceu artistas que faziam sucesso nacional como Roberto Carlos e Elis Regina.

“A gente fazia tudo ao vivo. Eu fiz novela com o professor Augusto Rodrigues na TV Marajoara, ao vivo também. Era uma coisa muito gostosa de fazer. A gente fazia com a maior naturalidade e simplicidade”, explica Clara.

Além da dança, Clara também participou de concursos de beleza e ganhou vários títulos. Ela relembrou vários desses momentos na entrevista. A coreógrafa foi Garota Verão, Miss Veraneio, Os Olhos Mais Bonitos do Brasil, Miss Pará e candidata ao Miss Brasil, se apresentando para mais de 80 mil pessoas no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

A artista protagonizou momentos importantes da cultura paraense como a união entre o teatro e a dança. Clara Pinto lembrou das parcerias com o Grupo Experiência com os amigos. Junto com o grupo de teatro, a bailarina levou a arte amazônica para outro patamar. “Eu sou muito apegada às minhas raízes. Já fiz muito, já ganhei prêmio na Funarte com Realidade Amazônica”.

Ela lembra que a primeira apresentação de dança inspirada na cultura amazônica foi em 1986. “A primeira vez que fui para Joinville com a Companhia de Dança Clara Pinto, eu levei a lenda da Vitória Régia, em homenagem à Waldemar Henrique. Peguei várias músicas do maestro e fiz uma coreografia ‘A Lenda da Vitória Régia’”, relembra.

Clara Pinto ressaltou a importância do aprendizado da arte e da dança para as crianças desde cedo. “Através do balé e da dança, a gente passa muita coisa que serve para sua vida futura. O respeito ao seu próximo, a solidariedade de dançar em grupo e respeitar o espaço de cada um. É muita coisa que ensina, serve para o raciocínio, para memorização, e é uma atividade física para saúde”, garante Clara Pinto.

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