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Circuito Circular celebra sua 53ª edição com programação cultural, artística e gastronômica em Belém

Evento movimenta Campina, Cidade Velha e Reduto neste domingo (20), com exposições, shows, oficinas e atividades para todas as idades, destacando a valorização do centro histórico da capital

Matheus Viggo

O Circuito Circular chega à sua 53ª edição neste domingo (20), proporcionando experiências para todos os gostos e idades em três bairros históricos de Belém: Campina, Cidade Velha e Reduto. O evento ocorre das 8h às 20h, oferecendo desde exposições e shows até oficinas e atividades voltadas para as crianças, que podem desfrutar de momentos lúdicos e educativos em diversos espaços. É um convite à imersão cultural, artística e gastronômica. O projeto Circular Campina Cidade Velha surgiu como um circuito cultural de revalorização da área histórica da capital paraense, incentivando a melhor apropriação e utilização das estruturas e edificações existentes nos bairros Campina e Cidade Velha.

No bairro da Campina, o público poderá participar do Bistrô Café Club, uma combinação de café e espaço de convivência multicultural, situado na Governador José Malcher. Uma das novidades desta edição é o Combo “PASSEIO CIRCULAR”, opção especial do cardápio criado pela chef Fabi Soares para o dia. Também haverá degustação de chocolate, das 11h às 12h30, e roda de conversa para os aficionados pelo "ouro negro". "Quando criamos o Bistrô, eu já sabia que queria fazer parte do Circular. O projeto é um ‘acontecimento’ pra lá de especial. Sou fã de carteirinha. É uma iniciativa necessária para a cidade, para nós, pra cultura. Precisamos ‘Circular’ sempre e cada vez mais", afirmou Nide Braga, que, ao lado de Tinna Fernandes, administra o local.

Entre outras opções, ainda na Campina, a Assembléia Paraense, na Avenida Presidente Vargas, das 10h às 13h, apresenta uma exposição de acervo de memória e fé, além de música ao vivo com Luiz Liz. Já para os amantes de vinhos, o Avintura Vinhos Finos, na Rua Carlos Gomes, organiza das 12h às 19h, duas degustações diferenciadas, com vinhos leves, refrescantes e orgânicos, acompanhados por petiscos à parte, criando uma experiência sensorial sofisticada.

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Para quem gosta de arte, o Ateliê Jupati, das 9h às 16h, ocupará o Instituto de Ciência da Arte da UFPA (ICA), na Praça da República, oferecendo uma programação contínua. A Balata, situada na Rua Carlos Gomes, combina das 11h às 20h, um menu especial de almoço com um show de Pio Lobato e Vovô, ao cair da tarde. Pela manhã, o Circular Apresenta no Calçadão da Presidente Vargas traz, desta vez, das 11h às 12h30, o Baile da Saudade com o Sonoro Paraense, um momento que promete trazer nostalgia e música dos anos 50, 60 e 70, conectando o público à memória musical do Pará.

As crianças terão um momento especial no "Circuitinho Circular", com um cortejo festivo pelas ruas da Campina, passando por espaços culturais como a Bienal das Amazônias. A programação inclui oficina de máscaras e visitas mediadas a exposições, tudo com acessibilidade em LIBRAS. A concentração é na Praça Felipe Patroni, às 8h30, com saída às 9h, passando por várias ruas e lugares até chegar à Manoel Barata, 400, no prédio da antiga Yamada, onde hoje existe o CCBA.

No bairro da Cidade Velha, a ambientalista Silvana Palha será o foco da roda de conversa "Do laboratório à prática: bioconstrução e sustentabilidade como visão de futuro", que acontecerá das 9h30 às 11h, na sede da Igapó Ladrilhos Hidráulicos, na Praça do Carmo, 94. "É uma parceria que também busca ajudar a promover a educação ambiental e climática através da arte, da cultura e do bem viver. O projeto circular traz a ancestralidade, o envolvimento com a comunidade e o olhar do coração. É um projeto mãe que acolhe seus filhos para proteger o seu território e a sua comunidade. Espero que o Circular tenha uma vida longa, que acolha muito mais pessoas e ocupe muito mais espaços", ressaltou Silvana.

Quem assistir à conversa com Silvana Palha tem, logo depois, a opção de fazer no mesmo local, na Igapó, a oficina “Como criar o design do meu próprio ladrilho?”, das 11h30 às 12h30, com Beatriz Maneschy, diretora criativa da fábrica de ladrilhos. Após a oficina, as artes serão compartilhadas no perfil da Igapó no Instagram, e a mais votada pelo público será fabricada no local e o autor da arte poderá levar o ladrilho para casa. O valor é de 15 reais, com material incluso. "Muitas pessoas que não iriam até a fábrica vão hoje por causa do Circular. Essa ideia de ocupar os espaços do centro histórico vai ao encontro de que a região precisa ser vivida para ser entendida e preservada. Por isso, ações como as do Circular são muito importantes", afirmou Beatriz.

Também na Cidade Velha, a Casa das Icamiabas, das 9h às 17h, na Dr. Malcher, próximo à Sé, traz como proposta reunir gastronomia, bioeconomia e cultura regional. O espaço combina café da manhã, almoço e música ao vivo, além de vender produtos artesanais. Outro ponto forte é o Espaço Gastronômico Pimenta na Cuia, na Tamandaré, próximo à Praça do Arsenal, com pratos amazônicos e música ao vivo, das 11h às 20h, criando uma experiência sensorial única. Já no Mercado do Porto do Sal, no final da Rua Gurupá, das 10h às 15h, as atividades do Coletivo Aparelho misturam práticas educativas, música ao vivo e rodas de choro.

No Reduto, a programação segue uma linha mais artística e intimista, com novo parceiro, o Reduto Cabano, no qual o público poderá conferir, a partir das 8h, na Travessa Piedade, 790 (entre Ó de Almeida e Aristides Lobo), um autêntico café da manhã marajoara, feira agroecológica (8h), Horta em Pequenos Espaços (10h), o Avuado/Moqueado do chef Leo Modesto (12h), tacacá de carangueijo (16h), além de formação no cultivo de alimentos em sacadas, pátios e quintais. "A minha perspectiva com o Circular sempre foi encontrar pessoas com bons assuntos em comum, frequentar lugares novos e participar de atividades que envolvam cultura, história, patrimônio e arte. É o espaço urbano oferecendo possibilidades de conexão com o nosso passado. Esperamos que as crianças, por exemplo, também possam ter esse contato com o modo de preparo da comida paraense e suas características próprias, assim como com as iguarias dos interiores", disse Berna Magalhães, um dos fundadores do Reduto Cabano e frequentador regular das edições do projeto Circular.

Em dezembro de 2013, o Circular realizou sua primeira edição, contando com a participação de seis espaços parceiros, todos ligados às artes visuais. Hoje, tornou-se uma rede que soma mais de 40 iniciativas de diversas naturezas e linguagens artísticas e da economia criativa, incluindo museus, galerias, pequenas lojas de arte, gastronomia, hospedagem e restaurantes, todos situados no centro histórico, uma área de patrimônio. O projeto Circular Campina Cidade Velha deste domingo (20) inicia às 8h e vai até 20h. A programação completa e detalhada pode ser acessada no site (link unavailable) e pelas redes sociais @circularcampinacidadevelha.

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