Exposição 'Juruti Festival das Tribos', do fotógrafo Alexandre Baena, é inaugurada em Belém
O público poderá conferir no Palacete Faciola por cerca de três meses as 14 telas que retratam o Festribal 2024
Após uma itinerância por diversos estados brasileiros, a exposição "Juruti Festival das Tribos - A Celebração", do fotógrafo paraense Alexandre Baena, retorna a Belém, na próxima quinta-feira (17/10), no Centro Cultural Palacete Faciola, localizado no bairro de Nazaré, com abertura às 18h. A mostra fotográfica, que dialoga com a função dos povos originários como guardiões das tradições e da natureza, ficará aberta para visitação pelos próximos três meses. Das 14 telas expostas, 12 já estavam na itinerância nacional, e duas são inéditas. No dia da reestreia, será feita uma homenagem ao Senador Jader Barbalho pelos seus 80 anos de vida.
Baena afirmou que estar feliz ao expor um espaço ‘tão lindo’ quanto o Palacete Faciola. “Quando recebi o convite da Secretaria de Cultura do Estado para voltar à capital, pensei imediatamente no mês de outubro. Essa escolha foi uma forma de agradecer ao Senador Jader Barbalho pela oportunidade que ele proporcionou à cultura do Estado do Pará”, comentou ao Grupo Liberal.
A exposição é composta por 14 telas, sendo 7 dedicadas aos Munduruku e 7 aos Muirapinima. A curadoria busca retratar a cronologia do Tribodromo, apresentando personagens características do Festribal, com suas cores e ritmos marcantes.
“Minhas lentes buscaram momentos únicos, traduzindo a valorização da tradição dos povos originários e a necessidade de preservação do meio ambiente, um tema recorrente nas narrativas do Tribodromo”, explicou.
Baena relatou que, ao finalizar a itinerância em Juruti, a Secretaria de Cultura do Pará convidou-o a retornar a Belém por um período mais longo. Ele observou a intensa visitação durante os 15 dias de julho e expressou sua preocupação ao perceber que muitos visitantes não conheciam o Festribal, um evento que, segundo ele, é uma expressão vibrante da cultura local.
“Juruti, com sua rica tradição, respeita a sabedoria ancestral dos povos originários, e o festival movimenta toda uma cadeia produtiva, além de ser um importante veículo cultural, como o Festival dos Bois de Parintins e o Carnaval do Rio de Janeiro”, destacou.
Com mais de 30 mil visitantes durante a itinerância, Baena ressaltou a acolhida calorosa que a exposição recebeu em todas as localidades. “A participação das escolas, por meio das secretarias estaduais de cultura e educação, multiplicou o alcance de nossa proposta de valorização da cultura amazônica”, afirmou.
O fotógrafo também falou sobre o papel do Senador Jader Barbalho no apoio à itinerância cultural. “O senador abraçou a proposta de levar a Marujada de Bragança pelas cinco regiões do Brasil. Isso me deixou honrado pela confiança e pela oportunidade de levar meu olhar a uma festividade que faz parte da história dele”, disse.
Baena destacou a importância da exposição em um momento em que questões ambientais são cada vez mais discutidas. “Apresentar os povos originários da Amazônia Paraense nesse contexto é fundamental. O convite para conhecer tudo sobre o Pará foi calorosamente recebido, e todos estavam ansiosos por essa conexão”, observou.
Ele enfatizou a relevância de expor em locais de grande visibilidade, como o Palácio Anchieta em Vitória e o Senado Federal, e a importância de transmitir mensagens sobre preservação ambiental e empoderamento feminino através da narrativa dos povos originários.
“Cada detalhe nas obras busca contar histórias que emocionam e que têm um olhar paraense, mostrando a necessidade de dar destaque à Amazônia paraense”, afirmou.
A exposição "Juruti Festival das Tribos" conta com o patrocínio da Prefeitura de Juruti, do Governo do Estado do Pará, através do Banpará, da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e da Secretaria de Estado de Turismo do Pará (Setur), com realização da MAB comunicação.