Exclusivo:Confira a entrevista com Yuri Marçal, que ganhou Kikito de Ouro por “Mussum, O Filmis”
Premiado, o comediante falou sobre a inspiração que Mussum teve durante a sua caminhada artística
O comediante Yuri Marçal, 30 anos, recebeu no Festival de Gramado o prêmio de melhor ator coadjuvante por interpretar Mussum em sua fase jovem em “Mussum, O Filmis”, na noite de sábado (19).
Antes da premiação e dele assistir pela primeira vez ao longa, Yuri Marçal conversou com o Grupo Liberal, com exclusividade. “O filme retrata muito desde o pré Mussum, principalmente, até o militar Mussum, o sambista Mussum, desde o início, dos tempos Modernos do samba e também na aeronáutica, ele como filho. Isso está muito bonito, com um elenco preto, a família do Mussum, os amigos de infância também e a galera do samba, são compostas por pessoas pretas. Esse tem sido um movimento muito importante, trazer essas personalidade para as novas gerações conhecerem um pouco mais. O Mussum é presente até hoje no Brasil, e também é o momento da galera mais antiga relembrar, conhecer o outro lado, que é o que o filme está trazendo”, analisa Yuri Marçal.
“Mussum, O Filmis” conta a história pessoal e profissional do comediante Mussum, que ganhou destaque na televisão com o programa “Os Trapalhões”.
“Faço ele na fase de jovem, na aeronáutica e no início do Modernos do samba. Eu sou fã absurdo do Mussum, sempre fui, todos os gostos dele me inspiram muito. Ele é apaixonado por samba e futebol, eu também. Assim, como a comédia é presente na minha vida. Um negão retinto em uma época que pouco se via, ainda é assim, mas em uma outra proporção obviamente. Ver pretos na televisão e no audiovisual com maestria, a forma que ele usava o humor corporal para mim sempre foi muito referência. Me inspiro sempre nele e no Jorge Lafond, falo sempre isso, eles são eternas inspirações dentro da arte para mim. Então, foi uma experiência até hoje assustadora. Acho que agora com o filme lançado vai ser mais ainda, talvez cai a ficha de fato do que foi viver isso”, pontua o comediante.
O grupo a que Marçal se refere é ‘Os Sete Modernos’, criado por Mussum, que após separação se tornou o sexteto ‘Os Originais do Samba’.
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O longa tem estreia prevista para 2 de novembro. Além do prêmio de Yuri Marçal, “Mussum, O Filmis” recebeu um total de seis premiações, ou seja seis Kikitos, nas categorias melhor filme, melhor ator com Ailton Graça, melhor atriz coadjuvante com Neusa Borges, melhor júri popular, melhor trilha musical e ainda uma menção honrosa.
Em seu discurso Yuri lembrou um pouco de sua trajetória até o prêmio, relacionou sua vida a de Mussum e homenageou a sua mãe e Yalorixá Marcia Marçal.
“O impacto que o longa vai trazer é de conhecer esse novo lado, para quem não conhecia ainda, um Mussum que trouxe um instrumento novo para o samba, que ensinou a mãe a ler e escrever, o pai, sambista, de como nasceu a comédia, essa alegria que o Mussum levava para o audiovisual e palcos, de como nasceu Antônio Carlos Bernardes Gomes e conhecer um pouco mais dele. Isso vai ser um impacto muito bacana, muito positivo da galera trazer esse sentimento, essa alegria, essa irreverência para a geração que acompanhou ele e entender um pouco mais”, finaliza Marçal.
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