Streaming: Esposa de líder do assalto ao BC perde ação por imagens em série da Netflix

Rosângela aparece menos de 40 segundos na minissérie documental "3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central"

O Liberal
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O assalto ao Banco Central de Fortaleza, que ocorreu em 2005, virou a minissérie documental "3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central", pela Netflix e a produtora Radar Cinema e Televisão. Depois de virar caso de polícia, agora virou caso de Justiça.

Para quem não lembra, o assalto foi o maior em valor roubado de um banco até hoje da história do país. Dos R$ 164,8 milhões levados entre os dias 5 e 6 de agosto de 2005, apenas R$ 40 milhões foram recuperados dez anos após o crime. Ao todo, 122 pessoas foram presas.

Rosângela Oliveira Pontes é esposa de Antônio Jussivan Alves dos Santos, conhecido como Alemão, apontado como mentor e líder do assalto. Ela perdeu a ação em que pedia indenização por danos morais e materiais contra o streaming e a produtora por uso de sua imagem na minissérie.

A mulher pediu R$ 2 milhões de indenização porque não autorizou a veiculação e nem foi informada de sua participação. Rosângela também queria que a suas imagens fossem retiradas do ar de forma imediata.

O pedido foi negado pela juíza Ricci Lôbo de Figueiredo, da 31ª Vara  Cível de Fortaleza, em sentença dada no último dia dia 24.

No processo, Rosângela disse que não fez parte do grupo que praticou o assalto e, desde que a série foi lançada, vem passando por "situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes".

A Radar, responsável pela produção do documentário, relatou que apenas "narra fato de interesse público, por se tratar do maior furto a banco da história do Brasil". Ela alega ainda que a imagem da mulher foi exibida por menos de 40 segundos, na cena que reproduz o momento da prisão do marido, em Brasília, em 2008.

A produtora também ressaltou que não se atribuiu nenhum crime a ela e que as imagens exibidas no documentário não são novas e já haviam circulado no Brasil e no exterior, em matérias jornalísticas da época dos fatos.

Já a plataforma Netflix, onde o documentário é exibido, afirma que a série tem como base arquivos jornalísticos de diversos veículos de comunicação e que ela contou com a "cooperação das próprias autoridades envolvidas no caso, que prestaram depoimentos e deram acesso ao material público coletado"

A decisão ainda cabe recurso.

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