Programações presenciais e virtuais comemoram o mês da consciência negra

As comemorações pelo mês da consciência negra terão três eventos que envolvem o orgulho da identidade afro-brasileira. Em Belém, o Cine Diáspora exibirá uma mostra especial somente com filmes afro-brasileiros presencialmente na Casa das Artes (antigo IAP), entre os dias 19 e 20 de novembro, e online com cinco dias da oficina de “Cinema Negro como Resistência”, de 22 a 29 de novembro. O intuito da programação é o resgate e valorização do audiovisual feito por pessoas negras.

A mostra presencial começa a partir das 19h, na Casa das Artes, localizada na rua Dom Alberto Galdêncio Ramos, nº 236, bairro de Nazaré. “A mostra Cine Diáspora é uma curadoria especial do Festival Zélia Amador de Deus, que já teve duas edições, uma em 2019 e outra em 2020. Nas duas edições recebemos mais de 200 filmes de todo Brasil, e fizemos essa curadoria especial para a Casa das Artes, onde vamos exibir somente filmes de realizadores da região da Amazônia Legal”, explica o curador Rafael Ferreira.

A mostra contará com 13 filmes, entre ficção e documentários. No primeiro dia de mostra serão exibidos os curtas “Maria” de Elen Linth e Riane Nascimento; “Quem passou primeiro foi São Benedito” e “Princesa do meu lugar” de Pablo Monteiro; “Minguante” de Maurício Moraes; “Seo Geraldo – Homem de Música e Planta” de Keyla Serruya e Sinori Mendes; “A Sússia” de Lucrécia Dias; e “Sobre Aquilo que Fica”, de Thais Sombra.

Já no segundo dia (20) será a vez de “O Knisse é que nos socorre!” de Weverton Rodrigues; “Rainha de Angola. Mametu Muagile” e “Quedaria” de Elizabeth Pantoja; “Enme no Corre” de Enme Paixão; “@brilhos_apagados” de Nilce Braga; e “Traçados” de Rudyeri Ribeiro.

“Temos por exemplo o filme ‘Mametu Muagile, A Rainha de Angola’ que fala do trabalho da Mãe Beth, da Terra Firme, que além de ser atuante na luta pelos direitos da religiosidade de matriz africana, é grande incentivadora da cultura local. No dia 20 de novembro, após a exibição dos filmes teremos um papo com a Mãe Beth, que vai falar sobre o filme e seu trabalho”, complementa o Rafael.

A partir da próxima segunda-feira, dia 22, começa a oficina Cinema Negro como Resistência, com a intenção de mostrar a forma como o cinema revolucionou as lutas raciais em diversos países. Em cinco encontros, será exposta a história de cineastas negros que lutaram da década de 20 até os dias de hoje, nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Brasil e em países africanos.

FESTIVAIS

Outros dois festivais com o foco no cinema negro possibilitam a participação online do público. Um deles é o 2ª Festival Internacional do Audiovisual Negro do Brasil (FIANb) que segue até o dia 20 de novembro em formato presencial e on-line.

Com programação gratuita, o evento é realizado pela Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). A programação online será pela plataforma de streaming TodesPlay e canal do YouTube da FIANb e terá espaços de diálogos, laboratórios de desenvolvimento de projetos de documentário em andamento (curta, longa e narrativa seriada) e Workshops, além de uma mostra de filmes nacionais e uma internacional.

O segundo evento será a mostra “Eu não ando só - Mostra Joel Zito Araújo e convidados” como parte da programação dos “Diálogos sobre educação, arte e cultura”, realizado pelo Centro Cultural Vale Maranhão. As exibições ocorrerão às sextas-feiras do mês de novembro, pelo canal do Youtube do CCVM (www.youtube.com/centroculturalvalemaranhao).

Agende-se:

Mostra Cine Diáspora
Data: de 19 a 20 de novembro
Horário: A partir das 19h
Local: Casa das Artes, localizada na rua Dom Alberto Galdêncio Ramos, nº 236, bairro de Nazaré
Obrigatório apresentar comprovante de vacinação

Oficina Cinema Negro como resistência
Data: de 22 a 29 de novembro - on-line