'Iracema e o Brinquedo de Voar', documentário remonta história dos Pássaros Juninos do Pará

Com direção de Felipe Cortez, montagem está disponível gratuitamente no YouTube por tempo limitado

O Liberal
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Uma manifestação cultural genuinamente paraense, os Pássaros Juninos, ganham uma homenagem que remonta sua história e relação de produtores culturais com esta demonstração de amor pela arte popular. O filme “Iracema e o Brinquedo de Voar”, de Felipe Cortez, está disponível gratuitamente no canal Rec Filmes no YouTube até o dia 15 deste mês.

O filme, um média-metragem, remonta a trajetória de Iracema Oliveira, 84, guardiã do Pássaro Junino Tucano, das Pastorinha Filha de Sion e coordenadora do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará. Em entrevistas que reviram as memórias, as histórias são contadas de forma reflexiva e cheia de emoção.

Assista:

Em uma proposta poética e potente, além da voz de Iracema e de depoimentos de personalidades da cultura paraense, o filme é atravessado por cenas em espaços simbólicos para a cultura popular, como as ruínas do Teatro São Cristóvão, um lugar referência na apresentação de grupos de pássaros nas décadas de 50 a 70.

Iracema Oliveira nasceu em Belém-PA no ano de 1937, filha do artista Francisco Avelino de Oliveira. Estrela de radionovelas e programas de rádio nas décadas de 50 a 70, fez Teatro, TV e Cinema também. Sua trajetória artística inclui a coordenação de Quadrilhas Juninas. Em 2006, foi homenageada pela escola de samba paraense ‘Cacareco’, com o enredo “Iracema Oliveira: Na arte e na cultura, a razão de viver”.  

O diretor do filme, Felipe Cortez, conta que a ideia inicial era produzir um curta-metragem, mas a quantidade, tanto de materiais e histórias que envolvem a expressão artística, foi somada à produção.

“O filme ficou com 48 minutos, fugiu ao que tínhamos previsto no projeto, mas isso é natural, porque a gente tinha muitas imagens de arquivo que acabaram compondo com o que fizemos mais recentemente”, conta o diretor, revelando ainda que o resultado já encheu de alegria a comunidade do Pássaro Junino.

“Estou muito feliz, pela forma como a Iracema e a família dela abraçaram o projeto. Fomos muito bem recebidos pela comunidade do Pássaro Tucano. Aliás, onde nós chegávamos para filmar, éramos bem recebidos. Essa não é uma história só da Iracema Oliveira”, diz Felipe.

O diretor explica ainda que, mesmo tendo Iracema como um fio condutor, o documentário é sobre uma história maior. "É sobre o Pássaro Junino que é uma expressão cultural muito importante na nossa cena e que precisa ser cada vez mais conhecido. Envolve famílias na periferia da cidade, memória cultural e aponta caminhos para se fazer produção artística e cultural na periferia”, reflete.

O Pássaro Junino é uma expressão teatral nascida em Belém, a partir do contato de artistas populares com as companhias de ópera que vinham à capital paraense, no início dos anos 1900, na nossa Bélle Époque. Toda essa história também será contada por meio de imagens de arquivo, que recuperam a história do Pássaro Tucano. O documentário foi viabilizado pelo Prêmio Edital Multilinguagens, via lei Aldir Blanc.

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