Cenário cultural no audiovisual: artistas paraenses revelam projetos e desejos para 2025

Para o ano de Cop 30, Fernando Segtowick, Nay Jinknss e Dira Paes preparam trabalhos nas áreas de cinema, espaços culturais e streamings

Juliana Maia
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O cenário artístico paraense nas suas diferentes manifestações culturais se estabelece mostrando a força dentro da sociedade. Com grandes exposições em eventos, produções de curtas e longas, e séries em streamings, os artistas Nay Jinknss, Fernando Segtowick e Dira Paes aguardam a chegada de 2025 com as melhores expectativas possíveis para exibir seus novos trabalhos ao público.

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Nay, artista pesquisadora e professora de artes, acredita que 2025 será um ano muito importante, com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Cop 30) em Belém. Segundo a artista, este será o momento em que "os olhos do mundo vão virar para cá" e, mais do que nunca, será preciso se colocar a serviço dos representantes da cultura local: as pessoas e as comunidades tradicionais.

"Que a gente possa cuidar da gente, nossa memória, identidade, cultura. Eu desejo isso para mim, para os meus amigos que precisam repensar os seus lugares, qual é o seu papel enquanto artista nessa sociedade. Sempre repensar para ser melhor que ontem. Esse é o meu desejo [para 2025]", diz.

Neste ano que inicia, Nay pretende trabalhar seu projeto que foi tema de sua dissertação de mestrado. Intitulado "Iluminação dos Mortos", o novo trabalho da artista tem como foco a criação de “Fotofabulações” para preencher lacunas, recuperar memórias e histórias das populações Afro-Pindorâmicas por meio da fotografia. As obras estão em exposição no Arte Pará deste ano e ganharão o mundo em 2025.

Fernando é diretor e roteirista amazônido e acredita que o meio artístico paraense tem muito potencial para criar histórias e precisa de incentivo para transformar este trabalho nas diferentes manifestações artísticas em potencial de geração de renda. "Apesar do que me inspirar ser contar histórias da região, também é poder tornar aqui um polo de produção que gere emprego", deseja.

O produtor está com projetos em desenvolvimento para o próximo ano. Com um longa-metragem nascendo, Fernando espera que 2025 traga uma nova oportunidade de destinar os investimentos de leis no setor cultural para diferentes esferas de produção na região. 

"A gente precisa de um sistema de fomento em diferentes formatos: curtas, laboratórios, séries e longas. Durante os últimos anos nós tivemos um aumento do audiovisual no Pará, mas estamos muito dependentes de verbas federais. Precisamos que os governos entendam a importância de investir na cultura, na interiorização das produções. A gente precisa pensar, estar juntos, cobrar e transformar todo esse potencial em uma política pública efetiva", diz.

Em 2024, Dira Paes mostrou sua versatilidade e estreou como diretora e roteirista em “Pasárgada”. Neste ano que começa, a artista completa 40 anos de carreira e se sente cada vez mais inspirada para trabalhar e descobrir novas paixões nas várias possibilidades que o audiovisual proporciona.

"O cenário artístico em 2025 se estabelece mostrando a sua força dentro da sociedade como um elemento estimulador e transformador de dores. Essa função curativa da arte estabelece relações humanas mais possíveis. E vejo também como o ano da regulamentação das leis no ambiente digital. Isso vai ser fundamental para a gente dar continuidade ao nosso trabalho com essa nova regra, com novas leis para esse novo mundo que se apresenta", conta a paraense.

Sobre a chegada da Cop 30, no próximo ano, Dira acredita que o evento será muito importante, não só para o Pará, mas para o Brasil e para o mundo, na classe artística.

"Eu acho que nós vamos ter a nossa visibilidade, mas é importante a gente ter um olhar de apropriação do nosso espaço. Nós pertencemos a essa terra, sabemos lidar com ela, e nós queremos ouvir também o que as pessoas têm a dizer, mas queremos ser ouvidos também. E nisso se amplia para a arte. É preciso que quem vá lá se envolva também com os artistas locais, que haja troca. No mínimo que a gente espera é uma grande troca de experiências", deseja a artista.

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