Vera Holtz brilha no Festival de Cinema de Gramado e é homenageada na ‘Calçada da Fama’
A atriz está entre um dos filmes de destaque do festival, além de emocionar o público com a reprise de ‘Mulheres Apaixonadas’
A atriz brasileira Vera Holtz, conhecida por sua marcante atuação em diversos projetos no cinema e na televisão, celebrou seu aniversário de 70 anos com uma agenda repleta de projetos cinematográficos. Com uma carreira que atravessa décadas e conquista admiradores por sua versatilidade e talento. E um dos destaques mais recentes dela, é seu papel no longa-metragem “Tia Virgínia”, dirigido por Fabio Meira.
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No filme, Vera assume o papel da protagonista, Tia Virgínia, uma mulher madura que precisou abdicar da própria vida para cuidar da mãe inválida, uma situação que reflete a complexidade das relações familiares, sonhos não realizados e a passagem do tempo. A interpretação de Holtz rendeu vários aplausos durante a projeção aberta da obra, que ocorreu na segunda noite da competição, na 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado. O evento iniciou no dia 11 e segue até 19 de agosto.
A cerimônia, realizada anualmente no Palácio dos Festivais, no Rio Grande do Sul, que homenageia o cinema nacional e latino, agraciou a atriz neste ano ao dar um espaço dedicado à ela na Calçada da Fama de Gramado. Inspirada na icônica Calçada da Fama Hollywood, a versão gramadense permitiu que Holtz gravasse suas mães em cimento e deixasse sua assinatura, marcando seu legado. Caio Blat e Isis Valverde também imortalizaram suas contribuições na indústria do entretenimento.
Além das telas de cinema, Vera Holtz também tem emocionado os telespectadores com a reprise da novela “Mulheres Apaixonadas”, escrita por Manoel Carlos que foi ao ar pela primeira vez em 2003. Sua atuação como a professora Santana, que enfrenta uma crise de abstinência de álcool, continua comovendo a todos, não apenas pela interpretação artística, mas também por abordar questões reais de dependência química.
Ela conversou com exclusividade com o colunista do Grupo Liberal e apresentador do videocast Mengueirosamente, Ismaelino Pinto, que viajou para a serra gaúcha à convite do evento, sendo o único nortista da imprensa oficial, para acompanhar os detalhes e bastidores do festival. Holtz falou sobre a experiência de estar pela primeira vez no Festival de Gramado e a potência que está sendo a reprise de “Mulheres Apaixonadas”. Confira!
Como é essa experiência de estar no Festival de Cinema de Gramado apresentando o filme no Palácio dos Festivais?
Vera: Foi uma sensação juvenil como eu falei, porque eu nunca tinha vindo ao festival. E é uma alegria. A cidade toda animada, as pessoas que gostam de cinema, elas aclamam a nossa chegada. Nós desfilamos em um tapete vermelho. Além da cidade ser linda, a cenografia do festival já coloca a gente em outro lugar. Então, é um momento bastante encantador para nós que trabalhamos com a arte e a sessão de ontem foi um momento único, um momento que começa escrever a trajetória do filme de uma forma bastante delicada. Foi uma noite especial.
Como é protagonizar um filme, que inclusive, você faz a personagem que dá título ao “Tia Virgínia”?
Vera: Isso é o que a gente chama de presentes da vida. Você receber uma personagem dessa, com uma equipe de trabalho como essa, um diretor delicado e maravilhoso como o Fabio e com um elenco, os colegas de trabalho, que nós já nos conhecíamos de outras produções e poder conviver durante um ano e meio no hotel da serra carioca, tão conectado, tão alinhado com tantos profissionais que gostam de fazer cinema, eu acho que foi realmente um presente, não tem… É só agradecer por esse presente. Você abre o presente e vê realmente como ele é maravilhoso.
Você está de volta à televisão em “Mulheres Apaixonadas” em uma reprise. Como foi para você fazer essa personagem?
Vera: ‘Mulheres Apaixonadas’ é um fenômeno porque ela está no ar e as pessoas vem comentar comigo as cenas da Santana, então, é mostrar a potência que tem a novela. Uma novela antiga é mais potente porque tem todo o pessoal que já assistiu e está revivendo, e gente que nunca viu e se surpreende com uma novela que já passou há tanto tempo atrás.
É óbvio que é uma novela que levanta várias questões femininas, e, nós estamos em um tempo de discussões sobre questões femininas, então, ela continua uma novela viva, uma novela importante, uma novela que levanta questões, uma novela que se tem o que discutir depois de passar o capítulo.
Você transita em vários gêneros, em comédia, e drama, inclusive, nesse filme e na tv televisão. Como você vê esse processo?
Vera: Eu gosto de trabalhar em tragicomédia. Eu sou uma atriz cômica, eu acho. Quem falou sobre isso foi o Antônio Abujamra, meu mestre, estreei com ele na televisão brasileira fazendo a novela ‘Que Rei Sou Eu?’, fazendo a assistente do Ravengar, que era o Abujamra, e eu era a Fanny. E ali ele falou: “Vamos trabalhar nessas tuas chaves, da tragédia e da comédia”. Então, eu gosto de trabalhar e também gosto de abrir o máximo de plataforma de criação que a gente pode conhecer, trabalhar, teatro, cinema e televisão são distintas, mas muita gente que cruza nessas plataformas todas. É muito bom trabalhar com arte.
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