TBT: Relembre tentativa de sequestrar Xuxa e Letícia Spiller que ocorreu no Rio de Janeiro
Dois jovens irmãos morreram depois de planejar rapto da apresentadora e da paquita, em 1991
No dia 7 de agosto de 1991, uma quarta-feira, o Brasil conheceu o 'Caso Xuxa'. Na ocasião, a apresentadora Xuxa Meneghel e uma de suas assistentes de palco, a então paquita Leticia Spiller, conhecida como Pituxa Pastel, sofreram uma tentativa de sequestro.
A apresentadora estava no auge do sucesso, com a sexta temporada do "Xou da Xuxa", da TV Globo, que era gravado no Teatro Fênix, na Rua Lineu de Paula Machado.
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No Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro, dois PMs patrulhavam a Rua Lineu de Paula Machado, quando perceberam um Chevette com placa de São Paulo estacionado de forma irregular. Os ocupantes do veículo receberam os agentes a tiros. Um dos disparos atingiu no peito um policial, que morreu na hora, enquanto o outro ficou gravemente ferido.
Os ocupantes do automóvel saíram em disparada, mas foram seguidos por seguranças de uma empresa de transporte de valores que passavam casualmente pelo local em um carro-forte e testemunharam tudo. Seguiu-se então uma troca de tiros intensa.
A perseguição se estendeu por cerca de um quilômetro até a Rua Maria Angélica, onde os fugitivos pegaram a contramão e acabaram colidindo com outro carro. O motorista do Chevette acabou morto com uma tiro na cabeça e o carona ficou ferido no pescoço por cacos de vidro, tendo sido levado em estado grave para um hospital na região.
Na ambulância, de acordo com um tenente da PM, o criminoso confessou: "Ele disse que amava Letícia e que a levaria para São Paulo com a Russa".
Dentro do carro foi encontrado um mapa daquela área com o local do teatro assinalado. O automóvel havia sido transformado em um "veículo de guerra", com duas escopetas embutidas na parte dianteira, que podiam ser acionadas pelos ocupantes apenas apertando um botão no painel. Na parte de trás, havia mais quatro escopetas que também podiam ser disparadas pelo mesmo mecanismo. Foram encontradas ainda oito granadas de mão e duas bombas no interior do carro.
Os suspeitos eram os irmãos Alberto e Douglas Loricchio, de 18 e 21 anos. Estudantes e técnicos em eletrônica, eles saíram de casa, em São Paulo, dizendo que iam procurar emprego no Rio. Estavam hospedados no Hotel Praia Leme, a poucos metros do prédio onde Letícia morava.
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