Rock, resistência e memória: Johnny Massaro brilha em ‘Aumenta que é rock’ e no cinema
Conhecido por seus trabalhos na televisão e no cinema, Johnny se tornou um dos mais versáteis atores de sua geração
O ator Johnny Massaro está no ar desde o dia 3 de setembro como protagonista da minissérie “Aumenta que é rock”, exibida pela TV Globo, em quatro capítulos, todas às terças, logo após o programa “Estrela da Casa”. A produção é uma adaptação em formato de série do filme “Aumenta que é rock’n’roll”. Na trama, Massaro dá vida ao jornalista Luiz Antônio Mello, que, com seu melhor amigo, Samuel Wainer Filho - interpretado por George Sauma-, fundou a primeira rádio de rock brasileira, a Fluminense FM, popularmente conhecida como “A Maldita”, sediada na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, durante a década de 1980.
"É uma alegria contar a história da Maldita FM, uma rádio que foi fundamental não só para o rock, mas para a cultura brasileira, em geral", comentou Massaro em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal.
A produção do filme/seriado é baseada no livro autobiográfico do jornalista L.G Bayão, intitulado "A Onda Maldita". O surgimento do rock nacional, enquanto o Brasil vivia a redemocratização política, é apresentado no decorrer da história nas telas. A trilha sonora original, de Dado Villa-Lobos, conquistou esta semana o Prêmio Grande Otelo na categoria Melhor Trilha Sonora.
Ele destacou a importância de bandas como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Capital Inicial, reveladas pela emissora, além de mencionar a relevância histórica da rádio na organização do primeiro Rock In Rio.
“A preparação foi toda guiada pelo Tomas Portella, nosso amado diretor, que recebia diariamente o elenco em sua casa”, acrescentou o ator sobre o processo de imersão no papel.
PRESENÇA NO CINEMA
Além de seu protagonismo na TV, que acompanha o artista desde a novela das nove "Terra e Paixão", onde Johnny deu vida ao ambicioso Daniel e emocionou o público com sua morte trágica, Massaro viveu um papel importante no cinema este ano, no filme “O Pastor e o Guerrilheiro”, dirigido por José Eduardo Belmonte.
Lançado em abril, o longa-metragem é ambientado nas décadas de 1960 e 1970 e aborda a amizade improvável entre um guerrilheiro comunista e um pastor evangélico. Sobre o filme, o ator relatou ter vivido um intenso processo de preparação para viver João, um jovem que deixa a universidade para se engajar em uma guerrilha na Amazônia.
Segundo a sinopse, lá, João é preso, torturado e enviado para a prisão em Brasília, onde encontra Zaqueu, um cristão evangélico, preso por engano. Juntos, eles sofrem e superam diferenças ideológicas, e marcam um encontro para 26 anos depois, à meia-noite, na virada do milênio, em cima da Torre de TV de Brasília.
"Nos reuníamos para conversar, estudar, ensaiar e entender o roteiro e o período histórico", disse Massaro. Johnny também compartilhou a experiência de ter passado um dia e uma noite em uma cabana na floresta para viver seu personagem.
Além disso, o ator revelou ter tido conversas com José Genoíno, ex-participante da guerrilha, para aprofundar sua compreensão do contexto histórico. "Foi tudo muito intenso", acrescentou em êxtase.
PRÓXIMOS TRABALHOS
Massaro, que também é diretor de cinema, adiantou que está desenvolvendo novos projetos para filmar nos próximos anos. "Todo o processo que envolve a realização de um longa costuma ser muito longo", explicou.
Enquanto isso, os trabalhos anteriores de Johnny, como o filme “A Cozinha”, seguem disponíveis na plataforma Globoplay. Ele também finalizou recentemente as gravações da série “Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente”, que estreia no próximo ano e é dirigida por Carol Minêm e Marcelo Gomes.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA