Obra de Gaby Amarantos e Joelma pode se tornar Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado

Os dois Projetos de Lei que exaltam as artistas foram apresentados na Alepa nesta terça-feira

O Liberal
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Na tarde desta terça-feira (14), a deputada estadual Lívia Duarte, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), protocolou dois Projetos de Lei na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) com o intuito de declarar as obra musicais das artistas paraenses Gaby Amarantos e Joelma como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará.

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No texto de justificativa, Lívia destacou que Gaby iniciou sua carreira como cantora em uma igreja católica do bairro do Jurunas, onde participava do coral. Depois, a artista começou a se apresentar em bares da capital paraense. O sucesso veio com a Banda Tecno Show, quando a paraense apresentou ao Brasil o ritmo do tecnobrega. 

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"Conhecida por sua exuberância e por seu figurino extravagante, composto por brincos grandes, sapatos de 20 centímetros de altura com leds, roupas coloridas, cílios postiços, apliques de cabelo e acessórios coloridos, ela foi uma das responsáveis pelo surgimento e difusão do tecnobrega, ritmo que virou febre na Região Norte do Brasil. Ficou conhecida nacionalmente após lançar a música "Hoje Eu Tô Solteira", uma versão da música "Single Ladies", da cantora americana Beyoncé. O sucesso da música rendeu a Gaby o apelido de "Beyoncé do Pará", e em 2012, ela lançou seu primeiro disco solo, Treme, com hits como "Ex Mai Love e Xirley"”, escreveu no Projeto de Lei.

Sobre Joelma, a parlamentar ressaltou que a loira é considerada a maior performer do Brasil, conhecida por sua incrível presença de palco, caracterizada pela habilidade de cantar e dançar simultaneamente, tudo isso sobre botas de plataforma com salto alto, sem perder o fôlego. Além de ser conhecida mundialmente como a “Rainha do Calypso”.

Em seus trabalhos mais conhecidos, as cantoras costumam exaltar a cultura paraense e disseminar as manifestações do estado para o público nacional. Enquanto Joelma viralizou com o hit “Voando Pro Pará”, falando do quando se sente bem quando chega ao estado, Gaby Amarantos traz elementos culturais da periferia da capital como grande atração de suas canções e apresentações. Em entrevista a O Liberal, a artista comentou sobre suas influências e o esforço para levar o Pará a outros públicos: “Para a galera lá de fora ver o quanto o nosso Estado, a nossa região, são incríveis”. Ela chegou a ser indicada para o Grammy Latino de 2023, na categoria "Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa" com o álbum "TecnoShow".

Joelma também relembra as influências que teve no Pará sempre que possível. Nascida em Almeirim, no Baixo Amazonas, a artista contou detalhes sobre a sua infância, durante a visita à Rádio Liberal FM: Todos os dias eu fugia para tomar banho no rio, mesmo a minha mãe ficando braba comigo, e para tomar banho de chuva também. Eu amava isso e tenho muitas saudades”.

Outros artistas e ritmos também são considerados patrimônio cultural do estado

Além da Rainha do Calypso e de Gaby, mais artistas paraenses entram na lista de patrimônio cultural imaterial do estado do Pará. Dona Onete, cantora e autora de sucessos do carimbó como “Banzeiro”, “No Meio do Pitiú” e “Jamburana” foi reconhecida pela ALEPA em 6 de setembro do ano passado, junto com as festas de aparelhagens. A lista dos patrimônios incluem grandes manifestações da cultura estadual, como o Círio de Nazaré, o Clássico Re-Pa e os ritmos do carimbó, siriá e brega.

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