No 'Fantástico', Viola Davis fala de importância do Brasil em novo filme: 'parte importante'

A atriz ganhadora do Oscar está no país pela primeira vez para divulgar o longa

O Liberal
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“A Mulher Rei”, protagonizado por Viola Davis, estreou nesse final de semana nos Estados Unidos e chega ao Brasil nesta quinta-feira (22). Para divulgar o filme, a atriz ganhadora do Oscar está no país pela primeira vez e conversou com a jornalista Maju Coutinho, no "Fantástico" desse domingo (18).

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A superprodução, estimada em US$ 50 milhões, é dirigida e tem um elenco de protagonistas negras. A narrativa é contada pela perspectiva das guerreiras agojie, do antigo Daomé, no ano de 1823. Localizado no atual Benin, na África Ocidental, o reino foi marcado por séculos de escravização de negros, boa parte deles destinada aos portos brasileiros. Dois personagens, inclusive, falam português e traficam escravos para o Brasil.

“O Brasil e os portugueses são uma parte importante do filme”, destaca Viola. "O que eu sinto é essa conexão entre todos nós, entre as pessoas pretas. Nós estamos a apenas um porto de separação. Existe essa impressão de que somos distantes, mas na realidade não somos”, completa.

A atriz revelou a Maju Coutinho detalhes da preparação nos bastidores do filme que já arrecadou U$ 19 milhões em dois dias nos EUA, superando expectativas da própria Sony, que esperava um retorno de U$ 12 milhões.

“A gente fazia uma hora por dia de levantamento de peso, com peso pesado. Eles queriam que eu ficasse parruda. Depois, ainda tinha três horas e meia de treino de artes marciais. Treino com armas, golpes de cotovelo... e o meu preferido... ah, vou me mostrar aqui: corrida”, brinca a protagonista. “Eu corria a 16 km/h na esteira. E olha que fiz isso com 56 anos. Não falo isso pra me gabar, mas porque eu pensava que ia morrer. Eu dizia: estou perdendo ar aqui, vou ter um treco”, conta.

Viola Davis, aos 57 anos, é a única atriz negra a somar as mais altas premiações do teatro, da TV e do cinema, com destaque para o Oscar 2016, na categoria “atriz coadjuvante”, pela adaptação de Denzel Washington para “Um Limite Entre Nós”.

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