O ator Mário Frias, ex-secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, virou réu em ação movida por Marcelo Adnet por motivo de injúria e difamação. Em setembro passado, Frias não gostou de uma paródia feita por Adnet e reagiu com uma postagem nas redes sociais que ofendia o comediante com expressões como "palhaço decadente", "garoto frouxo", "crápula" e "criatura imunda".
Na sexta-feira, 19, o juiz Fernando Brandini Barbagalo, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), recebeu a queixa-crime oferecida por Adnet com parecer favorável do Ministério Público.
Mário Frias deixou o cargo no governo Bolsonaro no último dia 31 de março, para sair candidato a deputado federal.
Na postagem considerada ofensiva, Frias veiculou um vídeo com a legenda: “Um Judas que não respeitou nem a própria esposa traindo a pobre coitada em público por pura vaidade e falta de caráter. Um palhaço decadente que se vende por qualquer tostão, trocando uma amizade verdadeira, um amor ou sua história por um saquinho de dinheiro e uma bajulada no seu ego infantil e incapaz de encarar a vida e suas responsabilidades morais”.
Anteriormente, a justiça do DF ainda realizou uma audiência de tentativa de conciliação entre as partes. Na ocasião, o MP ofereceu proposta de acordo de não persecução penal, ou seja, Frias não responderia ação penal, mas teria que reparar o dano moral causado a Adnet, porém, não houve acordo.
"No caso dos autos, verifica-se que as expressões inseridas na postagem realizada pelo querelado (Mário Frias) em sua página pessoal de mídia social indicam - em tese - o 'animus' (intuito) de ofender a honra do querelante (Marcelo Adnet)", diz o despacho do juiz.
O ex-secretário de Cultura pediu a nulidade da decisão.