Leonardo, cantor sertanejo, entra para a ‘lista suja’ do trabalho escravo; entenda

A listagem de empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão foi divulgada pelo Governo Federal nessa segunda-feira, 7

Lívia Ximenes
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O cantor Leonardo, chamado Emival Eterno da Costa, entrou para a “lista suja” do trabalho escravo nessa segunda-feira, 7. A listagem, divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Governo Federal, aponta empregadores (entre pessoas físicas e jurídicas) que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão. A atualização da lista incluiu o nome de 176 empregadores.

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A fiscalização ocorreu na Fazenda Talismã, localizada no município Jussara (Goiás). A lista declara que seis trabalhadores estão envolvidos no cenário, incluindo um adolescente de 17 anos. O nome de Leonardo, assim como dos demais empregadores, foi incluído no cadastro ao fim do processo administrativo julgador do caso e, para sair, é necessário esperar por dois anos ou se comprometer em pagar uma indenização de 20 salários mínimos às vítimas.

image Cantor Leonardo em frente à igreja da Fazenda Talismã (Reprodução / Instagram @leonardo)

A Fazenda Talismã possui 1 mil hectare, mansão, igreja, quadras para práticas esportivas, lago e outros luxos. No total, há mais de 5 mil cabeças de gado, simbolizando a principal atividade da propriedade — a pecuária bovina.

image Zé Felipe, filho de Leonardo, com a filha Maria Alice e Virgínia, esposa, na Fazenda Talismã (Reprodução / Instagram @virginia)

A “lista suja” do MTE agora possui 727 nomes, entre eles patrões e empresas. A fiscalização pode ocorrer com participação de membros da Defensoria Pública da União, dos Ministérios Públicos Federal e do Trabalho, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e de outros órgãos públicos.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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