Jovem que deixou de andar após acidente com filho de Bonner sonha com Paralimpíadas
Amigo de Vinicius Bonemer lesionou a coluna e perdeu os movimentos das pernas
Giuliano Castro sofreu um acidente em janeiro de 2017, quando tinha 19 anos. Na ocasião, ele estava na em uma rodovia de Búzios, no Rio Janeiro, com outros amigos, em um carro dirigido por Vinicius Bonemer, filho dos jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes.
O jovem, que passava férias no Brasil, foi levado ao hospital em estado grave. Giuliano morava nos Estados Unidos, onde cursava a faculdade de Economia e Administração. Ele retornou ao país norte-americano, onde já tinha um seguro médico, para fazer o tratamento e terminar os estudos, e contou ainda com o apoio de amigos e familiares na recuperação do jovem, após o diagnóstico de lesão na coluna e perda dos movimentos das pernas.
"O Vini e eu, a gente é muito amigo até hoje. Gosto muito dele, nunca botei a culpa nele. Foi um acidente, não tem o que fazer", disse o jovem.
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Na faculdade, ele conheceu o rugby em cadeira de rodas e passou a se dedicar ao esporte: "Comecei a jogar no time da cidade, eles me descobriram por causa de uma matéria que saiu na revista da faculdade. Fiquei um ano e meio lá enquanto estava na faculdade."
Em 2020, Giuliano retornou ao Brasil em 2020, com o fim da faculdade e deu um tempo nos treinos devido à pandemia, mas não se afastou do esporte. Hoje, aos 25, é considerado uma das revelações do rugby em cadeira de rodas por aqui, sendo uma das apostas da seleção brasileira.
O paratleta estabelece uma nova meta: ser convocado às Paralimpíadas do ano que vem.
"Fico feliz de ser chamado de 'revelação', não sei se já estou lá, mas acredito que um dia eu chego, trabalho para isso", disse Giuliano Castro
Precisando conciliar os campeonatos esportivos com a carreira, além de jogador, ele trabalha com Planejamento Estratégico na Livelo, uma das maiores empresas de recompensas e milhas aéreas do país.
Giuliano joga rugby pelo time carioca Santer Vikings e pela selação brasileira: "Os treinos são de duas a três vezes por semana, 3h por dia, fora os treinos em quadra e academia. Na seleção, há semanas de treinos e são dias inteiros de preparação, alimentação e treino. Não é fácil conciliar, mas a Livelo é bastante flexível e tem banco de horas. Consigo compensar os dias que estou jogando trabalhando horas depois."
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