Gio Ewbank chora ao falar de racismo contra os filhos Titi e Bless

O desabafo foi no programa que Thelma Assis estreou no Youtube

Redação Integrada

A desigualdade racial no Brasil foi tema do novo programa da vencedora do BBB 2020, Thelma Assis, "Triangulando", que estreou na noite da terça-feira, 29, no Youtube, com as participações do casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank e de Djamila Ribeiro. "Hoje a gente ainda não tem papos como esse com as crianças porque eles ainda são novos, mas a gente já instrui eles de outra maneira. Temos muitos livros em casa, muitas referências (anti-racistas)", contou Gio, que adotou duas crianças africanas antes de gestar o caçula, Zyan.

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Giovana ficou muito emocionada ao contar que procura preparar os filhos negros, de forma lúdica, para encarar o racismo, especialmente, para torná-los mais fortes diantes dos desafios que deverão enfrentar na vida. "Isso as prepara de uma maneira mais lúdica, não tão cruel como é na realidade, mas preparando para ter esse papo com eles, o que com o nosso filho Zyan, que é um bebê branco, a gente não vai precisar ter. Isso é uma coisa que nos machuca muito também, que vai existir essa diferença na criação."

"Temos que ser muito fortes para deixá-los muito fortes. Nós, que fomos crianças brancas, não passamos por nada disso e tudo isso que a Djamila falou é muito cruel. A gente sabe que, em algum momento, vamos ter que ter esse papo com as crianças. Eles não estão imunes a nada", defendeu a loira.

Citando dados do Conselho Nacional de Justiça, Thelma citou que dentre os 42.480 pessoas que pretendem adotar filhos, 44,53% não querem crianças negras. "Temos três exemplos de como a adoção mudou a vida das pessoas: Eu (Thelma, que também foi adotada), Titi e Bless", disse Thelma.

Giovanna contou que a vida do casal mudou radicalmente com a chegada dos filhos. "Mais do que mudar a vida deles, mudou a nossa vida. Eu me vejo um ser humano muito melhor, muito mais evoluído. Eu não escolhi raça, eu escolhi o amor. Eu fico muito abalada e muito triste de ouvir uma estatística como essa, isso para mim é inaceitável", afirmou.

"Tudo o que fazemos e tudo o que somos é por conta deles. A experiência da maternidade e da adoção com eles, eu não tinha vontade de ter filho da barriga, de tão completos que nós sempre estivemos com os dois."

Bruno Gagliasso disse que a "adoção é amor, não tem cor, não tem cep". "Isso (debate) mostra como está enraizado (o racismo), mostra como a gente precisa trabalhar, ouvir, perceber o outro, porque isso é muito forte." 

 

 

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