Fabio Porchat reconhece que errou ao defender Leo Lins: 'Fui irresponsável'

O humorista foi criticado na web por ir contra ordem judicial que mandou tirar de ar vídeos do colega fazendo piadas sobre escravidão e pessoas com deficiências e outras minorias.

O Liberal

Fabio Porchat disse que se expressou de forma "precipitada" ao defender o colega comediante Leo Lins, que teve vídeos retirados do ar por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo. O apresentador, ator e comediante publicou um vídeo no Instagram, na noite da última sexta-feira, 26, no qual reviu o posicionamento anterior que apoiava Léo.

Fábio mudou de opinião após ter enfrentado uma avalanche de críticas nas redes sociais depois que questionou a decisão judicial pelo Twitter: “Isso aqui é uma vergonha! Inaceitável!”, disse na publicação inicial, ao defender o direito do humorista de ofender.

Não gosta de uma piada? Não consuma essa piada. Se a piada não incitou o ódio e a violência ela é só uma piada. Tem piada de todos os tipos, de pum e de trocadilho, ácida e bobinha. Tem piada de mau gosto? Tem também. Tem piada agressiva? Opa. Mas aí é só não assistir”, escreveu no primeiro post.

Já no vídeo de reflexão sobre a postura anterior, Fábio disse que tem pensado bastante nos últimos dias: “Eu li muita coisa, recebi muita mensagem, conversei com muita gente legal e entendi totalmente as reações. Sei que muita gente ficou ofendida, decepcionada e com razão. Isso mexeu comigo”.

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“A minha posição nunca foi defender o humor racista. Eu sempre tentei promover o humor que não causasse dor, que não machucasse. A comédia que agride, humilha e bate em grupos minorizados é péssima, é velha, desnecessária. Ela atrasa o avanço social. Eu não faço esse tipo de piada. Eu não divulgo esse tipo de piada e não tenho interesse nesse tipo de piada”, ressaltou.

“Alguém que tem o privilégio de ter a voz que chegue a muita gente tem que ter o cuidado de escolher bem as palavras e eu não tive esse cuidado”, admitiu.

“Eu escrevi dois tweets sobre um assunto super complexo. Falei de forma rasa, precipitada, confusa. Então, eu errei. E é por isso que decidi, também, apagar os tweets. Para refazer o meu posicionamento. Para que ele fique mais claro, coerente com o que eu penso. Porque do jeito que ele estava solto, ele estava irresponsável, abria margem para validar umas coisas que eu não concordo”, explicou.

“O que eu queria era falar de liberdade de expressão, que é um princípio fundamental para uma sociedade democrática e que está sempre correndo risco aqui no Brasil. Por isso que me deixa assim, ansioso, angustiado. A liberdade de expressão é a gente poder se expressar sem medo, sem censura, mas sempre dentro dos limites da lei. Um criminoso, por exemplo, não pode se esconder por trás do argumento da liberdade de expressão. E a gente vê isso acontecendo o tempo todo. Agora, a gente também sabe que a lei sozinha não muda a cultura, não muda o cenário”.

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