Editora-chefe da Vogue Brasil é demitida
A jornalista jornalista Daniela Falcão foi acusada de assédio moral.
Daniela Falcão não é mais a editora-chefe da Vogue Brasil. Ela também era a diretora-geral da joint venture do Grupo Globo com a editora internacional Condé Nast. O fim do contrato de trabalho foi definido em acordo com a jornalista baiana, conforme o comunicado divulgado pela Editora Globo.
No mês passado, o Buzzfeed divulgou uma matéria com relatos dando conta de 15 anos de humilhação e assédio sofridos por ex-funcionários nas redações de publicações de moda por onde passou, incluindo a própria Vogue.
“Toda hora alguém voltava do banheiro com cara de choro”, dava conta um desses desses relatos. A jornalista Mônica Salgado, uma das criadoras da Glamour, que deixou a revista em 2017, disse que as denúncias ao setor de recursos humanos eram inúteis e que nenhuma medida era adotada.
O comunicado da Globo afirma que Daniela deixa o grupo "para a realização de um desejo antigo de se dedicar a consultoria e a projetos pessoais". Ela deixou a Condé Nast após 10 anos de trabalho. Mas, antes de sair definitivamente, ela vai trabalhar na transição e planejamento para 2021.
"Daniela foi uma das primeiras pessoas a aceitar meu convite para fazer parte da EGCN, joint venture entre Editora Globo e Condé Nast, criada em 2010 com o intuito de não somente amplificar o alcance e a relevância dos produtos que já existiam àquela altura (Vogue e Casa Vogue), mas também lançar novas marcas do portfólio deste parceiro no mercado brasileiro. Na ocasião, Dani juntou-se à EGCN como diretora de Redação da Vogue, cargo que já ocupava na empresa que anteriormente editava a revista", diz um trecho do comunicado assinado por Frederick Kachar, diretor-geral da Editora Globo.
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