Claudia Raia consegue R$ 5 milhões pela Lei Rouanet e é criticada na internet; entenda o pagamento
A atriz foi um dos assuntos mais comentados na internet após receber dinheiro da lei de incentivo à cultura para financiar projetos musicais. Veja a contrapartida social ao pagamento do benefício
Na última quinta-feira (19), a atriz Claudia Raia, de 56 anos, foi alvo de críticas após conseguir financiamento para produção de duas apresentações musicais através da Lei Rouanet, a Lei Federal de incentivo à Cultura.
Na quarta-feira (18), a nova Ministra da Cultura do governo Lula, Margareth Menezes, anunciou a liberação de R$ 1 bilhão de reais da pasta até o dia 30 de janeiro para recursos voltados à Lei Rouanet, que anteriormente haviam sido bloqueados pelo antigo governo.
O motivo da polêmica foi a atriz ter conseguido um valor de R$ 5.057.203,63 para investir no projeto “Claudia Raia – Os Musicais”, que, segundo o Ministério da Cultura, tem como objetivo “a pesquisa, montagem e temporada de dois espetáculos produzidos e encenados”.
Nas redes sociais, internautas dispararam críticas: “Inacreditável, Cláudia Raia embolsar 5 milhões pela lei Rouanet. É revoltante.”, disse um. “Começo de ano começou bom pros artistas. Lei Rouanet. Cláudia Raia, esquecida, recebeu 5 milhões de reais, pra um projeto que vai ser feito daqui há 2 anos!”, ironizou outro.
A contrapartida social ao pagamento, que busca gerar acessibilidade, mil estudantes de escolas e universidades públicas terão acesso a um curso de 40 horas sobre a “prática de artes cênicas e o mercado profissional para atores”.
O que é a Lei Rouanet?
A Lei Federal de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, criada em 1991 durante o governo Fernando Collor, permite que pessoas físicas e jurídicas destinem parte dos recursos que iriam para o pagamento do Imposto de Renda ao financiamento de obras artísticas e serviços na área da cultura.
Na Lei Rouanet, caso o projeto seja aprovado, o produtor cultural buscará no mercado a captação de recursos da iniciativa privada. Ou seja, vai buscar patrocínio para que o projeto seja executado, e não diretamente pelo governo.
(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão da editora de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)
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