Cartunista Paulo Caruso morre aos 73 anos em São Paulo
Ele estava internado no Hospital 9 de Julho, no tratamento de um câncer
O cartunista Paulo Caruso morreu, aos 73 anos, na manhã deste sábado (4), em São Paulo (SP). Ele estava internado no Hospital 9 de Julho, no centro da cidade, no tratamento de um câncer.
História
Paulo José Hespanha Caruso nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949. Ele é irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista.
Multifacetado, também era caricaturista, ilustrador, chargista e músico. O artista chegou a cursar arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão.
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Atuando como chargista desde a década de 60, ele tinha como marca a sátira e o humor para retratar os momentos da história política do país, e chegou a atuar em publicações como “Diário Popular”, “Folha de S. Paulo”, “Movimento”, “O Pasquim” e “IstoÉ”. Em 1992, lançou o livro "Avenida Brasil", que reuniu centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. Também é autor de “As Origens do Capitão Bandeira” (1983), ”Ecos do Ipiranga” (1984), “Bar Brasil na Nova República” (1986) e “A Transição pela Via das Dúvidas” (1989).
“A matéria-prima é toda fornecida pelo governo. Eu acho que nós, cartunistas, deveríamos virar ‘estatal’ porque nós dependemos tanto do governo para nossa produção”, brincou.
Uma outra marca na trajetória de Paulo era a parceria com o irmão, Chico. No programa “Conversa com Bial”, Paulo disse que os dois começaram cedo na arte do desenho. “Desde os 4, 5 anos de idade a gente desenhava sem parar, incentivado pelo nosso avô materno, que era pintor amador, pegava na mão da gente e ensinava a desenhar. Foi quem me ensinou a tocar violão também”, lembrou.
Ele também recebeu vários prêmios, entre eles, o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1994.
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