Carla Vianna autografa livro no Estande dos Escritores Paraenses

Jornalista e escritora apresenta 'Pequenos Afetos', último livro de uma trilogia de poemas

Ana Carolina Matos
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A jornalista e escritora Carla Vianna autografa nesta terça-feira, 27, o terceiro livro de uma trilogia de poemas maturados ao longo de 20 anos, "Pequenos Afetos", a partir das 20h, no estande dos Escritores Paraenses, como parte da programação da 23ª edição da Feira Panamazônica do Livro e das Multivozes.

Os trabalhos foram publicados no decorrer dos últimos três anos e tiveram início com a publicação de “Horas Solitárias” em 2017 e, posteriormente, “Onde os rios acordam sonhos”, em 2018. 

De acordo com a autora, o encerramento da série de escritos traduz a conclusão de um momento de coragem na carreira que, somado à maturidade, a permitiu publicar seus textos mais íntimos e reveladores. "Eu nunca tive muita coragem de publicar antes porque quando você publica poemas, você se expõe muito. Então você carece de coragem. Acho que só a maturidade me deu essa coragem de expor", pontua. "Eu sinto agora que mesmo colocando pra fora muitas coisas que a rigor expõem você de certa forma, hoje eu tive coragem de, nesses últimos três anos, fazer e fechar esse ciclo pra iniciar outro", acrescenta. 

Vianna explica que os poemas traduzem sentimentos variados e experiências vividas ao longo de duas décadas, que abordam encontros e desencontros. "Esse livro me expõe visceralmente. É como se eu não tivesse a menor preocupação no que o leitor pode pensar ou não. Esses poemas estavam guardados há muito tempo", comenta.

"Eu nunca paro de escrever e por diversas vezes já pensei em jogar fora trabalhos antigos. Uma vez, em uma conversa com o Paes Loureiro, cheguei a comentar isso e então ele me aconselhou a ler de novo, ver o que eu queria ou não antes de tomar qualquer atitude. Depois disso, ele fez a apresentação de 'Onde os rios acordam sonhos'", relembra.

Para a jornalista e escritora, a literatura é uma forma de escape para o equilíbrio necessário no dia a dia. "Pra mim, a única forma de libertação e de acalmar a minha inquietude é na escrita. Então é onde eu consigo me acalmar e me tira um pouco da insanidade. O que que eu consigo na escrita e na leitura é o equilíbrio que eu preciso pra seguir", pontua.

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