Cantora paraense Liah Soares protesta contra assédios com o videoclipe ‘Eu só sou legal’

“Que atire a primeira pedra a mulher que nunca passou por qualquer desconforto”, diz a artista

O Liberal
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A cantora, compositora e musicista paraense Liah Soares traz questionamentos importantes com seu mais novo trabalho, o videoclipe “Eu só sou legal”. Que mulher não passou pela triste realidade de uma importunação sexual, seja no trabalho, nos transportes públicos ou ainda nos estabelecimentos em geral e principalmente em bares, em pleno clima festivo? A cantora, compositora e musicista paraense Liah Soares lança luz sobre esse tema atemporal de forma leve, popular e direto. O videoclipe será lançado nesta sexta-feira, 28, no programa Sons do Pará, da TV Liberal. No início de julho, a canção estará também nas plataformas digitais.

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“Que atire a primeira pedra a mulher que nunca passou por qualquer desconforto, não importando a faixa etária”, comenta Liah. “Foi trocando infelizes experiências de vida com a Iana Marinho - minha parceira nessa música - que chegamos a esse resultado. Por ser uma temática desagradável, procurei dar uma certa leveza para abordá-la, tomando elementos do Carimbó, Zouk e Guitarrada para falar, de forma envolvente e debochada, como somos invadidas em nossos espaços quando queremos apenas nos divertir ou garantir nossa liberdade de ir e vir sem inconvenientes ou más interpretações sobre a nossa conduta. Isso nos fere, nos machuca emocionalmente e eu queria muito me expressar através da música para denunciar essa atitude terrível e nada melhor do que lançar em uma das épocas mais festivas do Brasil, o São João, onde infelizmente essas práticas acontecem com mais frequência”, explica a artista. A produção musical do single é de Dedê Borges.

A importunação sexual se tornou crime em 2018 (Lei nº 13.718 inserida no capitulo “Dos Crimes Contra a Liberdade Sexual", com a criação do artigo 215-A) e é uma expressão da violência sexual, caracterizada como manifestação sensual ou sexual, alheia à vontade da pessoa a quem se dirige. Exemplificando, é qualquer ato de apalpar, um beijo forçado, é “passar a mão”. A pena prevista é de 1 a 5 anos de reclusão, isso se o ato não constituir crime mais grave.

Segundo a pesquisa "Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil – 2ª edição", do Fórum Brasileiro de Segurança Pública: 37,1% das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio nos últimos 12 meses. Algumas delas ouviram comentários desrespeitosos quando estavam andando na rua, no local de trabalho, foram assediadas fisicamente no transporte público ou durante uma festa, ou balada. Infelizmente muitos homens praticam a importunação e o assédio por terem certeza da impunidade e do acolhimento da sociedade

“De repente, ‘Eu só sou legal’ pode virar uma ‘bandeira’ popular visando inibir certas atitudes sem noção e ajudar a tornar as mulheres mais assertivas e conscientes de seus direitos quando falarem que “não é não”, completa a artista.

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