Cantor lírico paraense Andrey Mira espera novas oportunidades após premiações nacionais

Andrey venceu II Concurso de Canto Lírico Joaquina Lapinha recebendo o Prêmio João dos Reis 2023

Vito Gemaque
fonte

Após vencer o 14º Concurso Maria Callas, na categoria masculina do II Concurso de Canto Lírico Joaquina Lapinha, o cantor lírico paraense Andrey Mira se prepara para uma nova temporada de apresentações em São Paulo. O artista que mora na capital paulista está cotado para trabalhar em montagens do Theatro Municipal de São Paulo e no Theatro São Pedro, dois importantes lugares de referência para a música clássica brasileira.

Andrey já tem um planejamento em execução para 2024. “Me preparar da melhor forma possível para a temporada 2024. Já estou cotado para algumas das principais montagens do Theatro Municipal de São Paulo e do Theatro São Pedro. A carreira internacional é consequência do bom trabalho que tenho desempenhado por todos esses anos”, afirmou.

Andrey recebeu recentemente o Prêmio João dos Reis do Concurso Maria Callas. O concurso é promovido pelo Conservatório de Tatuí, São Paulo, direcionado a cantores pretos, pardos e indígenas. O Prêmio João dos Reis é em homenagem ao cantor brasileiro que viveu a transição do século XVIII ao século XIX. “Foi um momento único e de grande emoção e representatividade. Afinal, o concurso Joaquina Lapinha é o único concurso para cantores negros, pardos e indígenas do Brasil”, destacou Andrey.

Andrey Mira é baixo formado pela Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA), na classe da doutora Márcia Aliverti e pelo Conservatório Carlos Gomes. Ele contabiliza outros concursos na carreira como vencedor do X e XI Concurso Dóris Azevedo para Jovens Instrumentistas, 14º e 19° Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas.

Andrey teve que sair de Belém para buscar novas oportunidades em São Paulo. Atualmente, ele vem se consolidando como um nome da música erudita do sudeste. “Saí de Belém com apenas a coragem de vencer e com muita dedicação tenho conquistado meu espaço e com isso dando corpo a minha carreira como solista”, contou. “Foi de suma importância ter dado esse primeiro passo que só colaborou para que eu estivesse onde estou atualmente” complementou.

O repertório do paraense entre as óperas como solista é grande. Dentre as obras estão Il Guarany (Gomes), Salomé e Der Rosenkavalier (Strauss), Blue Monday (Gershwin), Les Pêcheurs de Perles (Bizet), La Bohème, Gianni Schicchi, Turandot, La Fanciulla del West e Tosca (Puccini), Il Barbiere di Siviglia (Rossini), La Vida Breve (De Falla), Pelléas et Mélisande (Debussy), Un Ballo in Maschera, Otello, Il Trovatore, Rigoletto, Aida (Verdi), Così fan tutte, Le Nozze di Figaro e Bastien und Bastienne (Mozart), The Consul (Menotti), Viva La Mamma e L’Elisir d’Amore (Donizetti) e O Basculho de Chaminé (Marcos Portugal).

Já no repertório sinfônico se destacam Requiem e Missa da Coroação (Mozart), Requiem (Fauré), Missa Solemnis e Nona Sinfonia (Beethoven). Apesar dos sucessos, há dificuldades que Andrey ainda vivencia. “A maior dificuldade é ter oportunidade, porquê ao mesmo tempo que se é uma cultura mundialmente conhecida, porém pouco divulgada e isso interfere nas oportunidades”, explica. No início deste ano, o sentimento é que o prêmio veio consagrar o trabalho já feito e abrir novas possibilidades. “Um sentimento de luta e conquista, trazendo possibilidades de novos caminhos”.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Cultura
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA