Caetano e Maria Bethânia são referências para cantores em Belém
Cantores Arthur Nogueira e Anderson Moyses interpretam canções da obra desses dois ícones da música brasileira
A obra de Caetano Veloso e Maria Bethânia ecoa muito mais do que se pensa na música brasileira, tanto que artistas no Brasil como um todo, e em particular, em Belém, não hesitam em dialogar com o trabalho desses irmãos para galgar novos voos seja em disco seja no palco. É o caso do cantor, compositor e produtor musical Arthur Nogueira, que em 2021 lançou um disco singular intitulado "Sucesso Bendito: Arthur Nogueira canta Caetano Veloso", um apanhado de músicas de Caê entre conhecidas e desconhecidas. Já o cantor e compositor Anderson Moyses apresenta um show reunindo músicas de Maria Bethânia.
Acerca do projeto do álbum ""Sucesso Bendito: Arthur Nogueira canta Caetano Veloso", Arthur destaca: "Foi um dos maiores desafios da minha história com a música, porque é um álbum de voz e violão, gravado ao vivo no estúdio. O projeto surgiu depois de uma live que eu fiz, durante a pandemia, a convite do Sesc RJ. Eu me senti à vontade para gravar dessa forma porque, em 2017, o Caetano assistiu a um show que eu fiz em Salvador, de voz e violão, disse ter gostado e isso me estimulou a seguir nesse formato".
Arthur Nogueira não esconde a admiração que tem pelo trabalho de Caetano Veloso. "O Caetano, para mim, é o maior artista brasileiro de todos os tempos, porque é completo. Ele conjuga muitas qualidades, que se materializam em diversas possibilidades de expressão artística: o canto, a música, a poesia, a prosa, a performance", afirma.
Perguntado se vai ao show de Caetano Veloso e Maria Bethânia neste sábado (28), Arthur Nogueira não titubeia: "Sim, estando aqui, eu jamais perderia". "Estive com Caetano depois do show 'Ofertório' em Belém, e ele comentou ter ficado emocionado com a reação do público quando cantou, em “Trem das cores”, o verso lábios cor de açaí'. Ele tem um carinho genuíno por Belém", afirma Arthur.
Vivo
Com uma carreira iniciada quando tinha 12 anos de idade, o cantor e compositor Anderson Moyses, 30 anos, vai conferir o show de Caetano Veloso e Maria Bethânia. "Não perderei!", assevera Anderson. Até porque ele tem um trabalho diretamente relacionado à obra de Maria Bethânia e por tabela à de Caetano também. Desde 2017, Anderson apresenta um show com músicas gravadas ou imortalizadas por essa diva. "Sempre faço em vários formatos e vários lugares com sucesso total de público", relata o cantor.
Anderson conta que o show reúne músicas de diversos autores. "Tem canções de Chico (Chico Buarque de Hollanda), Caetano e outros compositores como Gonzaguinha que foram eternizados pela voz dela. O nome do meu show se chama 'A voz de uma pessoa vitoriosa', título de uma canção de grande sucesso gravada no disco 'Álibi', destaca Anderson Moyses.
Ele conta que o projeto do show surgiu "por conta da intimidade mesmo, intimidade com o repertório da cantora, que nos embala em muitos momentos de nossas vidas e a sensibilidade ao selecionar um repertório tão rico e elegante". Para Anderson, cantar Maria Bethânia "significa me sentir vivo, além de referência ela é uma régua e compasso dentro da música brasileira".
O que Anderson mais admira na carreira desse intérprete é a forma com que ela escolhe o repertório, "o poder da palavra que ela tem e a eloquência em executar cada sílaba dentro de uma nota na canção".
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