Bloco das Crias do Curro Velho aborda a COP 30 como tema no desfile deste sábado (8)

Nesta edição, a comissão de frente foi composta apenas por mulheres

Maycon Marte
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O tradicional Bloco das Crias do Curro Velho desfilou na manhã deste sábado (8), por volta das 9h, no trajeto que sai da Praça Brasil em direção ao Curro Velho, onde ocorre o baile de carnaval. Essa já é a 34ª edição do evento que trouxe como tema “Belém, capital da COP 30 na Amazônia: mistérios, encantos e tradições”. De acordo com o coordenador de iniciação artística da Fundação Cultural do Pará e responsável pelo carnaval das crias, Jorge Cunha, foi a primeira vez que o bloco desfilou com uma comissão de frente totalmente feminina, homenagem que coincidiu com o dia internacional da mulher, também celebrado hoje.

Aproximadamente 600 brincantes foram às ruas prestigiar o desfile, que teve a duração de uma hora e meia. Cunha ainda comemora a facilidade com que tudo ocorreu, tanto quanto ao clima, como pela produção. “Foi muito bom o desfile deste ano, não tivemos nenhum problema ou dificuldade, até o tempo ajudou não chovendo desde a manhã cedo o que era o nosso receio de acontecer”, explica.

A novidade deste ano foi sem dúvidas a comissão de frente totalmente feminina, mas, não eram quaisquer mulheres. O bloco decidiu levar nessa ala as mães, avós e tias dos crias, mulheres que possuem uma relação de afeto e intimidade com a tradição do cortejo. “Este ano, pela primeira vez, trouxemos uma comissão de frente só de mulheres composta pelas mães, avós e tias das Crias, como as Icamiabas, e foi muito bonito de ver, a ideia era exatamente que elas representassem o que são para os seus filhos, guerreiras protetoras, isso tudo acabou coincidindo também com o dia das mulheres”, afirma Cunha.

Além de trabalhar no núcleo de produção do cortejo, a técnica artística Ana Luz também é mãe de dois Crias, ambos desfilaram nesta edição. “É pelos meus filhos estarem aprendendo um pouco do meu espaço de trabalho… eles compartilham muito sobre essas vivências com outros amigos, então isso é para a vida”, afirma. Ela também exalta a ala das Icamiabas, onde as mulheres foram homenageadas, por reconhecer a importância dessas figuras e lembra que uma das mães já falecidas esteve entre as homenageadas.

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Em alinhamento com o tema escolhido nesta edição, Luz explica que seu trabalho foi garantir o diálogo com a sustentabilidade nas produções. Isso aconteceu, por exemplo, com o reaproveitamento das fantasias e estruturas montadas no auto de natal. Além disso, foram pensados mecanismos de reutilização do material usado no desfile.

“As fantasias são recicladas, nos carros nós usamos muito papelão, que foi doado, assim como sacos de cimento e miriti que veio da decoração de um evento. Tudo que a gente trabalhou em dezembro, já aproveitamos para o carnaval, então são poucas fantasias exclusivas para o evento, a maioria vem de apresentações anteriores”, explica.

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