Bloco Chulé de Pato desfila pelo Guamá nesta Quarta-Feira de Cinzas
Três mil pessoas são esperadas na atração, que contará com trio elétrico, banda e distribuição de sopa.
O Bloco Chulé de Pato volta ás ruas do Guamá nesta Quarta-Feira de Cinzas. 22. A concentração dos foliões inicia ao meio-dia na Tv Castelo Branco entre as ruas Caripunas e Paes de Souza, com saída às 15h pelo bairro. O bloco busca resgatar os carnavais de antigamente com repertório das tradicionais marchinhas de Carnaval. Três mil pessoas costumam acompanhar o Chulé de Pato, que ficou sem ir às ruas por dois anos, durante a pandemia.
Fundado no ano de 2001 por um grupo de amigos que desejava proporcionar uma oportunidade de brincadeira para a população da periferia de Belém sem gerar custos com fantasias e abadás. Hoje, o Chulé de Pato conta com um grande trio elétrico e show da banda formada pelos músicos Paulinho Mururé (vocal e violão), que é fundador e presidente do bloco, César Silva (saxofone), Jonathas Gouveia (baixo), Messias Lira (vocal) e Bené Lisboa (percussão) com trio elétrico.
“Nós trabalhamos o resgate dos carnavais de antigamente ao som das marchinhas de carnaval. Uma cultura que a gente não pode deixar desaparecer”, conta Paulinho Mururé. “Percebemos que em outros estados, como Bahia, Pernambuco e Rio de janeiro, sempre tem Carnaval na Quarta-Feira de Cinzas. O bloco surgiu da necessidade das pessoas da periferia irem brincar sem ter que gastar muito com fantasia. Fizemos esse bloco para que as pessoas possam brincar de graça e do jeito que quiserem se vestir”, ressalta.
Após a concentração, o bloco seguirá pela Avenida José Bonifácio e ruas Barão de Igarapé-Miri, Barão de Mamoré e Silva Castro. Em seguida, retorna para o local da concentração, pelas via José Bonifácio, Pariquis e Castelo Branco, onde permanecerá até às 20h.
“O Chulé de Pato ficou muito grande, atrai 3 mil pessoas. A gente teve que pegar um trio grande porque é muita gente que dá no bloco, graças a Deus, muitas famílias, crianças, senhoras de idade, cada um faz a sua fantasia, cada um vai do jeito que quer”, descreve.
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Homenagem
Este ano, o bloco vai homenagear o arquiteto e carnavalesco Charles Brown, que faleceu. Por muitos anos, Brown atuou junto à escola de samba Bole Bole, pela qual foi campeão do carnaval de Belém, e, depois, passou a ser o carnavalesco do Bloco Chulé de Pato, no qual permaneceu por muitos anos. “Todos os anos, ele fazia os estandartes a recuperação da alegoria do Pato, que é conduzida no bloco carnavalesco. A gente vai fazer uma grande homenagem para ele. Chamávamos o Charles Brown de o ‘Arquiteto da Alegria’”, recorda Mururé.
A própria comunidade envolvida na realização do bloco trabalhou na recuperação da alegoria do Pato, este ano, em um barracão do bairro. Além disso, os organizadores realizaram a coleta entre si para o preparo do grande sopão que costuma ser distribuído gratuitamente aos foliões do bloco. “A gente faz uma coleta da comunidade para curar a ressaca no Chulé de Pato. O cara (folião) já chega no ‘treme’ e toma o sopão e recupera. O sopão é de graça justamente para restabelecer o cidadão para que ele possa ter ânimo e continuar a folia”, explica.
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