Bailarino paraense apresenta performance em evento nacional que celebra artistas com deficiência

"Anga Yby", de Carlos Dergan, é um dos destaques do ||entre|| arte e acesso de 2025, promovido pelo Itaú Cultural

Hannah Franco | Especial em OLiberal
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O bailarino e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Carlos Dergan, será uma das atrações principais da edição 2025 do ||entre|| arte e acesso, evento promovido pelo Itaú Cultural, em São Paulo, que celebra a produção artística protagonizada por pessoas com deficiência. No próximo domingo (13), Dergan apresenta a performance "Anga Yby", na Sala Itaú Cultural, com entrada gratuita.

Na ocasião, Dergan apresenta uma cena curta inédita que une dança, ancestralidade indígena e consciência ambiental. A obra, que significa “Alma da Terra” em nheengatu, idioma do povo Tupinambá, foi criada e dirigida pelo próprio artista. Ele divide o palco com o músico, ator e pesquisador indígena Rubens Santa Brígida, também conhecido como Rudá Tupi, doutorando em Artes pela UFPA.

Evento, que ocorre de 10 a 13 de abril, reúne artistas de diversas regiões do país em espetáculos, cenas curtas encomendadas e bate-papos com o público. Este ano, as cenas curtas foram todas desenvolvidas por realizadores da região Norte, com curadoria baseada no arte e acesso, um portfólio coletivo de artistas com deficiência de todo o Brasil.

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Cultura, acessibilidade e resistência

Angá Yby é um convite à reflexão sobre o atual cenário ambiental e a relação da humanidade com a Terra. Durante a apresentação, Rudá Tupi entoa falas em nheengatu que ressaltam a visão da Mãe Terra como útero gerador da vida. A obra também aborda o conceito de necropolítica ambiental, denunciando os impactos de políticas que promovem a destruição de ecossistemas e ameaçam a existência dos povos tradicionais.

A escolha de Dergan e sua obra tem também um forte simbolismo político e cultural: em novembro deste ano, Belém será sede da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), e performance estabelece uma ponte entre a arte produzida na Amazônia e o debate global sobre o clima.

"É uma alegria poder levar um pouco da cultura de Belém para essa programação tão especial, compartilhando nossa arte e nossas raízes com o público de São Paulo", pontua o artista. A programação, que conta com apresentações inclusivas, terá a presença de intérpretes de Libras, audiodescrição e legendas descritivas para garantir a acessibilidade. 

Serviço

Angá Yby

Data: 13 de abril (domingo)
Horário: Após o espetáculo “Rotação”, às 19h  
Local: Sala Itaú Cultural – Avenida Paulista, 149 – São Paulo
Acessibilidade: Todas as apresentações contam com libras, audiodescrição e legendas descritivas.

Informações: www.itaucultural.org.br

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