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Artista e empreendedor periférico do Jurunas, GC Arte, representa o Pará em SP

Em dezembro, o artista GC Arte vai representar o Pará e a Amazônia na Expo Favela nacional, em São Paulo

Rafael Lédo
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GC Arte é um artista e empreendedor paraense da periferia do bairro do Jurunas, em Belém, que vai levar a arte e o futuro amazônico para a edição nacional da Expo Favela Innovation. O evento vai ser realizado entre os dias 6 e 8 de dezembro, em São Paulo. Como destaque entre os participantes, está o talento de Gabriel Cardoso (GC), que ficou no Top 10 da Expo Favela Innovation Pará 2024, que reuniu 100 projetos empreendedores e culturais da periferia.

“Me inscrevi no Expo Favela 2024 com indicação da minha sócia Thay Petit e passei basicamente uma semana sem dormir para dar o meu máximo. Aprender a empreender e a apresentar meu projeto. Fomos avaliados nos dois dias, com muito cuidado. Após eu sair da última avaliação, onde fui avaliado por 5 pessoas, eu vibrei, porque eu tinha ido lá para isso, para mostrar meu trabalho e tudo que tenho feito por ele e por meus parceiros artistas. Às 22h, da sexta-feira, fui anunciado como um dos Top 10 Expo Favela. A primeira coisa que eu fiz, mesmo no palco, foi mandar um áudio para minha mãe, chorando e dizendo: mãe, eu consegui, eu virei mais uma chave, eu vou para São Paulo com meu trabalho”, comenta GC sobre a surpresa ao ser anunciado como o Top 10 entre dezenas de expositores regionais.

GC Arte carrega em si a proposta de arte conectada com o regionalismo, a ancestralidade, futuro e as encantarias que resultam na rica cultura feita há séculos na Amazônia e que agora ganha destaque vindo das periferias de Belém até chegarem em São Paulo, expandindo experiências e trocas culturais do Pará com o mundo. Veja algumas obras do artista:

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Quem é GC Arte?

O jurunense Gabriel Cardoso, conhecido pelo pseudônimo artístico "GC Arte", é natural das periferias de Belém. O artista autodidata tornou-se educador em 2015 ao lecionar em anexos da Fundação Cultural do Pará. No ano de 2017, resolveu criar sua galeria digital nas redes sociais com o endereço "@gc_arte", com uma mistura de técnicas lapidadas ao longo dos anos.

De modo a fazer um retorno ao início da sua carreira, GC recorda dos dias difíceis nos quais a arte o salvou: “Eu sei muito bem o que é racismo ambiental e estrutural, no ano passado eu perdi o meu antigo quarto na casa dos meus pais devido às fortes chuvas, e na época eu não tinha condições de fazer uma reforma, o quarto foi destruído, e eu quase fui morar na rua. Passei um ano nessa situação. De ficar sem casa. Não tinha onde morar e nem um lugar confortável pra dormir. Todos os dias, acordava com sangue nos olhos, lutando contra a depressão e a vontade de desistir de tudo. Eu sempre dizia a mim mesmo, ou faz o que tem que ser feito ou acabou aqui. E com essa raiva de estar em uma condição precária, eu busquei fazer o meu melhor, que era, criar arte. Foi através do meu trabalho que eu me reergui, em agosto de 2023 eu não tinha casa, em 1 de agosto desse ano, eu estava morando de aluguel, ainda no Jurunas, mas em um lugar muito mais aconchegante e confortável”.

No ano de 2020, o artista foi premiado no edital "Festival de Aquieta em Casa", da Secretaria de Cultura do Pará (Secult), e no mesmo período se lançou no segmento da arte digital, ao criar retratos e ilustrações com uma pegada afrofuturista, em que era tudo feito no seu próprio celular. Esta temática ele desenvolve até hoje e com uma evolução marcante dentro do amazofuturismo.

Sua primeira experiência internacional ocorreu em uma participação no "Evento Internacional Online Afrofuturalidades- Afrofuturismo Brasileiro", em 2022.

“Então esse é um enorme passo para mim e para o meu projeto Afrofuturismo Amazônico, que pretendo não só levar para São Paulo, mas sim para o mundo todo!”, finaliza o artista empreendedor representante do Pará no evento Nacional.

Para conhecer mais o trabalho de GC Arte, acesse o perfil no Instagram e o seu portfólio.

(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)

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