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Apresentadora do ‘Roda Viva’, da TV Cultura, e comentarista da BandNews foram espionadas

As jornalistas Vera Magalhães e Mônica Bergamo estão na lista de alvos da ‘Abin paralela’, segundo a Polícia Federal.

O Liberal
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A espionagem realizada pela ‘Abin paralela’ dentro da Agência Brasileira de Inteligência monitorou jornalistas durante a Presidência de Jair Bolsonaro, além de autoridades do primeiro escalão e servidores públicos. A informação foi confirmada através do relatório da investigação conduzida pela PF e em trâmite no Supremo Tribunal Federal. 

A apresentadora Vera Magalhães, do ‘Roda Vida’ da TV Cultura, também âncora na rádio CBN e colunista de ‘O Globo’, foi uma das espionadas. A jornalista ficou na mira de bolsonaristas por recorrentes questionamentos a respeito do presidente e atos de sua administração.

Vale lembrar, que no debate na Band, durante a campanha eleitoral de 2022, Bolsonaro a atacou verbalmente Vera, chegando a desrespeitá-la. “Você dorme pensando em mim, tem alguma paixão por mim”, disse.

Alguns candidatos saíram em defesa da comunicadora, na ocasião.

Mônica Bergamo, comentarista da rádio e TV BandNews e colunista da ‘Folha de S. Paulo’, também foi outra vítima da ‘arapongagem’ do órgão dedicado a identificar ameaças reais à democracia. Em participação no ‘Jornal do Meio do Dia’, ela manifestou “desconforto” por ser monitorada por “um aparelho do Estado”.  

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Durante a exibição da ‘Central GloboNews’, Gerson Camarotti classificou como grave o patrulhamento ilegal de “jornalistas sérios, respeitados, com credibilidade”.

Mônica Waldvogel comparou a operação clandestina na gestão bolsonarista ao espião Araponga, interpretado por Tarcísio Meira na novela homônima exibida na Globo em 1990. Na trama, ele era um ex-informante da ditadura militar alucinado por teorias conspiratórias e defensor da volta das práticas investigativas do regime dos generais. O tom de comédia ressaltava a crítica contra o risco iminente da volta do autoritarismo. 

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