Após tratamento contra depressão, dupla Zé Neto e Cristiano anuncia volta aos palcos

Zé Neto passou por um período turbulento quando enfrentou crises de depressão e síndrome do pânico

Bruno Menezes | Especial para O Liberal

Após ficar três meses longe dos palcos, a dupla Zé Neto e Cristiano anunciaram a retomada de shows no Brasil e em outros países. As apresentações estavam interrompidas devido o tratamento de saúde de Zé Neto, que sofreu depressão e síndrome do pânico.

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De acordo com o cantor, a rotina cansativa foi um dos fatores que contribuiu para o surgimento das doenças.

"Fiquei doente porque as coisas foram ficando robóticas, né? A gente chega, vai para o camarim, hotel, hotel, avião, avião. É uma loucura", disse Zé Neto em entrevista ao Fantástico.

"Acho que vinha aquele peso: 'Eu vou parar essa máquina, esse sonho que a gente construiu? O que meu parceiro vai fazer'?", acrescentou Cristiano, que também participou da entrevista.

A rotina exaustiva da dupla, que chegou a fazer até 34 shows em um mês, levou Zé Neto ao limite e quase fez com que Cristiano também pensasse em desistir.

"Fiz uma reunião com ele, com os empresários e falei: 'Eu vou parar, mas por ele'. Aí, ele [Zé] virou para mim e falou: 'Minha vida já está difícil. Já estou com um monte de problema. Se você parar o Zé Neto e Cristiano, que é a única coisa que me mantém vivo, você vai parar, vai acabar comigo", relatou Cristiano.

Zé Neto também relatou algumas ocasiões em que ele teve crises de pânico, um problema que começou pequeno e foi crescendo com o tempo.

"Eu comecei a tremer, aí meu coração disparou, meu rosto começou a formigar, eu tive uma síndrome do pânico. Eu dizia: 'Estou morrendo’. É aquele ciclo vicioso de depressão: 'Vamos empurrar mais um pouquinho'. Foi aumentando. E o que era uma gotinha virou tempestade”, explicou o músico.

Zé Neto afirmou que se arrepende de ter fumado cigarro eletrônico, um vício que, de acordo com o cantor, aumentou os problemas que ele já enfrentava.

"Foi uma das piores coisas que aconteceram comigo. Acho até que ele foi um grande culpado de a minha depressão ter piorado. Eu não conseguia cantar, não conseguia respirar. Não conseguia entregar mais", ressaltou o sertanejo.

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