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Abertura do 'Festribal' terá show e exposição fotográfica em Juruti

O festival cultural de manifestação indígena está em sua 30ª edição, e sempre apresenta o duelo artístico entre as Munduruku e Muirapinima

Bruno Menezes | Especial para O Liberal
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Nesta quarta-feira (31) começa oficialmente uma das festas mais tradicionais da cidade de Juruti, no Pará: a 30ª edição do Festribal, a festa que reúne arte, ancestralidade e cultura das tribos indígenas Munduruku e Muirapinima.

A programação cultural, que é Considerada Patrimônio Cultural do Pará, neste ano é vasta e traz como tema: “Festribal 2024 - Juruti Te Espera!", A expectativa anual é que o festival reúna cerca de 5 mil pessoas, que se concentram no tribódromo para acompanhar o duelo artístico entre as tribos, que se apresentam com cânticos indígenas, danças e fantasias cheias de representatividade amazônica.

“É como se fosse uma ópera indígena, uma temática desenvolvida desde a entrada, até a apoteose, onde o canto indígena rege toda a apresentação das tribos”, explica o historiador Edvander Batista, que atua no núcleo de criação artística da tribo Munduruku.

Além da festa das tribos, a programação também contará com participações especiais de artistas convidados, na chamada ‘Feira dos Visitantes’. A primeira atração será o cantor Xand Avião, que se apresenta no dia 31 de julho. Já no dia 1º de agosto, o público do tribódromo vai receber o show de Ávine.

No dia 2 de agosto, haverá a apresentação de tribos mirins, com crianças representando as duas nações, Munduruku e Muirapinima. O espetáculo protagonizado por crianças tem início previsto para às 20h30.

O ápice do Festribal acontece no dia 3 de agosto, com as apresentações das duas nações indígenas no tribódromo, às 20h30. A tribo Munduruku, que traz como marca as cores vermelho e amarelo, exibirá o tema: ‘Amazônia indígena’. Já a Muirapinima, identificada pelas cores vermelho e azul, terá como o tema de sua manifestação: “Wiyae: O Canto de Resistência Pindorama”.

image Os membros das tribos se apresentam com danças e fantasias cheias de representatividade amazônica. (Foto: Alexandre Baena)

O resultado oficial com a tribo campeã do 30º Festribal ocorre no dia 4 de agosto, também no tribódromo, às 15h.

Exposição fotográfica

A abertura do Festribal neste ano ganhará ainda mais valor artístico com a exposição itinerante ‘Juruti Festival das Tribos’, uma mostra fotográfica feita pelo paraense Alexandre Baena, que usou suas lentes para registrar momentos icônicos da edição do evento em 2023.

A exposição já percorreu cinco regiões do país, apresentando ao Brasil a pluralidade cultural do Festribal e a força do movimento protagonizado pelas tribos indígenas. Lançada oficialmente no dia 20 de fevereiro deste ano, a mostra foi exibida em Brasília, Porto Alegre, Vitória, Salvador, Manaus, Belém, e agora chega à cidade de Juruti, culminando como mais uma atração especial em comemoração aos 30 anos do festival.

As imagens selecionadas pelo fotógrafo Alexandre Baena estarão disponíveis para apreciação do público nesta quarta-feira (31), partir das 18h, no Centro de Convenções e Turismo Vereador Isaías Batista.

Alexandre não esconde a alegria e empolgação de poder mostrar seu trabalho durante a comemoração de 30 anos de Festribal. Segundo o fotógrafo, através das imagens ele buscou representar toda a beleza, arte e cultura ancestral presente nas manifestações indígenas.

“Não foi apenas participar e fotografar um espetáculo. O Festribal é a narrativa da história dos povos originários do Pará, são os cantos, mitos, tradições, a essência de uma cultura ancestral que devemos presenciar e respeitar como nossa herança. Levamos ao Brasil, não apenas imagens, mas nossas raízes, a paixão de um povo expresso em uma exuberante manifestação cultural do povo jurutiense, são telas que representam as tribos Munduruku e Muirapinima em todo seu êxtase”, destaca Alexandre.

O fotógrafo também salienta que a comemoração do Festribal tem o objetivo de dar enfoque para questões ambientais, as quais precisam ser discutidas em todos os espaços possíveis.

“O retorno a Juruti após um ano para as comemorações pelos 30 anos do Festribal é uma grande honra, foi uma conexão maravilhosa com nossos irmãos de outros estados, principalmente, em um momento onde vivemos o debate tão importante para o Brasil e o mundo, que recai sobre as mudanças climáticas, e norteia a COP 30 em 2025, a exposição também tem esse compromisso com a salvaguarda da cultura e tradições dos povos originários e a mensagem clara que o festival passa pela preservação do meio ambiente”, conclui Baena.

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Cultura
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