‘A nossa sexualidade tem a possibilidade de transitar’, diz sexóloga no videocast Chá de Canela
Terceiro episódio do programa vai ao ar hoje, 12, no LibPlay e Youtube de OLiberal.com
"A nossa sexualidade tem a possibilidade de transitar". A declaração da psicóloga e sexóloga Klaudia Sadala foi feita no terceiro episódio do Chá de Canela, que traz a seguinte indagação: "É o fim da heterossexualidade?". O videocast vai ao ar hoje, 12, às 20h no LibPlay e Youtube de OLiberal.com, além da das redes de streaming.
Klaudia Sadala acredita que a heterossexualidade compulsória - termo que estima que esta orientação sexual possa ser socialmente imposta - tem cedido lugar a reflexões sobre os papéis de gênero e também de orientações sexuais.
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"A gente sai de um momento onde existia uma heterrossexualidade compulsória - ainda que existissem manifestações de homens e mulheres transitando tanto em a orientação afetivo sexual quanto questões de gênero -, mas isso não era público, isso era abafado e invisibilizado em funçao de uma heterossexualdiade compulsória. (...) Mas a gente vem se questionando o quanto isso impacta. (...) É interessante nós pensarmos as novas formas de sermos homens ou mulheres", destaca.
A especialista destaca ainda que, por muito tempo, a heterossexualidade foi ancorada em uma perspectiva biologicista de procriação entre homens e mulheres, mas que a evolução cultural traz também uma preocupação com desejos e anseios.
"Pensar que uma mulher pode ser extremamente feminina e não querer ser mãe; pode estar casada, mas não querer vivenciar a maternidade; ou que um homem encontre um homem e que eles possam buscar construir uma família com filhos. Foram possibilidades que fomos construindo com o tempo", aponta.
Sadala destacou ainda que em meio a um momento de mais liberdade para falar sobre questões sexuais e experimentar outras possibilidades, o auto respeito também deve ser priorizado. "É falar de sexualidade de maneira responsável. Eu posso tudo dentro de alguns parâmetros, de auto respeito, porque senão eu vou experimentar porque todo mundo está nesse movimento. E como eu fico com relação ao meu respeito?", reflete
Sobre o Chá de Canela
Semanalmente, o videocast Chá de Canela aborda assuntos tabus em uma dinâmica de roda de amigas, com informação descontraída e de um jeito leve. A iniciativa foi concebida pelas jornalistas Ana Carolina Matos e Bruna Lima em 2020, ainda como formato de podcast. Três anos depois, o projeto foi ampliado para o formato de videocast em uma temporada de 12 episódios lançados toda quarta-feira, às 20h.
O Chá de Canela tem apoio do Grupo Liberal e do curso de comunicação social da Universidade da Amazônia (Unama).
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