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Revitalização de áreas como a Doca e a Tamandaré deve impulsionar negócios no entorno

A melhoria desses pontos deve gerar uma série de oportunidades, principalmente para quem trabalha com turismo, diz Sebrae-PA

Elisa Vaz

As novas áreas que Belém vai ganhar após revitalizações iniciadas para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) prometem movimentar a economia local, gerando espaços com mais urbanização e atratividade para a abertura de negócios e movimentação de clientes. É o que deve acontecer com a Nova Doca e a Nova Tamandaré, além de outras ruas onde canais passaram por macrodrenagem.


Gerente da Agência Metropolitana do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae-PA), Igo Silva afirma que a melhoria desses pontos, com novos projetos de urbanização na cidade, deve gerar uma série de oportunidades, principalmente para quem trabalha com turismo, gastronomia, artesanato e economia criativa. Em muitas cidades, segundo ele, esse movimento foi observado em situações similares.

“O segmento que mais se beneficia desses novos clientes, normalmente, é o turismo, incluindo alimentação, gastronomia de uma maneira geral, passeios turísticos, rotas, vendas de produtos e mais. Agregar os produtos à pegada local, amazônica, regional, eu acho que faz muito sentido, principalmente para quem vai visitar esses novos pontos e quer encontrar lá algo que remeta à cidade”, opina.

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Ele compara os espaços ao Porto Futuro, por exemplo, parque localizado na avenida Visconde de Souza Franco, a Doca. “É uma grande referência de ambiente. Alguns anos atrás, a gente já fazia, por exemplo, a Feira de Artesanato do Círio, porque é um local que foi estrategicamente pensado, que recebe um público qualificado e que a gente consegue ali expor nossos produtos de maneira muito agradável e palatável para os clientes que nos procuram”.

Preparação dos empreendedores

No caso dos negócios que já existem no entorno da Nova Doca ou da Nova Tamandaré, é tempo de se preparar para a futura demanda, que será mais alta. De acordo com Igo, os comerciantes devem fazer uma pesquisa para entender o público que irá frequentar a região após a revitalização. Na opinião do gerente, os consumidores serão mais familiares e mais jovens.

Da mesma forma, no caso de quem deseja abrir um novo negócio em áreas revitalizadas por obras da COP 30, é necessário entender o conceito do ambiente e qual grupo de pessoas deve frequentar. O representante do Sebrae-PA diz que, a partir do momento em que o empreendedor faz um bom planejamento, será possível nortear melhor as atividades que serão desenvolvidas.

“A gente recomenda que o empreendedor busque o apoio do Sebrae-PA para que ele possa inovar no seu serviço, fazer um bom planejamento da área, entender qual o volume de investimento será necessário, em quanto tempo vai ter retorno e preparar os times, capacitando em atendimento”, avalia.

Empreendedora espera movimento

Proprietária de um salão de beleza na avenida Tamandaré, em Belém, a empreendedora Hellen Barros já percebeu um movimento maior de clientes em relação ao começo do negócio. Por ser uma rua com grande fluxo, as pessoas passam e param com curiosidade, de acordo com ela.

A empresa já existe há sete anos e a escolha do espaço foi pensada justamente por causa da Nova Tamandaré. “A Salitre Studio, juntamente com o Studio Mermaids, oferece uma experiência completa de beleza e autocuidado: esmalteria completa, alongamentos, plástica dos pés, cílios e sobrancelhas. Nossa parceira, que é no mesmo espaço, oferece serviços voltados para os cabelos, e é referência em cabelos coloridos e ruivos”, menciona.

Na opinião de Hellen, os benefícios da revitalização são incontáveis. Com a urbanização, ela acredita que haverá mais valor agregado ao espaço e isso vai aumentar o fluxo de clientes, sendo um ponto de encontro, um espaço para reunir família, amigos e também para atividades físicas. Com a possível demanda mais alta, a empreendedora adianta que pretende reformar a fachada e deixar o local mais colorido e atrativo.

“Sem sombra de dúvidas, a revitalização atrairá novos negócios na área, apesar de ser uma área muito bem requisitada, todas essas revitalizações terão impacto nos negócios de forma positiva. Com toda certeza aumentará o fluxo, porém, se destacar em meio a essa crescente dependerá muito do atendimento e qualidade do serviço ofertado ao público”, opina.

COP 30