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Presidente da COP 30 diz que é preciso recuperar o foco para o clima em meio à guerra comercial

André Corrêa do Lago tem ouvido representante de vários países e ressalta que Brasil precisa ouvir a comunidade global antes de definir o que pretende alcançar no evento climático

O Liberal

O presidente da 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), embaixador André Corrêa do Lago, afirma que as atenções do mundo se voltaram para a guerra comercial entre as duas grandes potências econômicas - Estados Unidos e China - e considera necessário recuperar o foco dos países para as questões climáticas. 

“Como é que a gente pode conseguir, na COP 30, recuperar a atenção do mundo para o tema de mudança do clima e também procurar convencer o mundo de que o multilateralismo é a melhor maneira de nós tratarmos de um tema que é tão global. Nada é mais global do que a mudança do clima”, declarou, durante uma conversa com jornalistas na embaixada do Brasil em Pequim, na China. As informações foram divulgadas pelo portal Poder 360. 

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Para Corrêa do Lago, na condição de anfitrião do evento, o Brasil de ouvir a comunidade global antes de definir o que pretende alcançar no evento climático, além de se esforçar para recuperar a atenção do mundo para as questões climáticas. Essa tarefa ficou mais desafiadora após o anúncio, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), de uma série de tarifas a seus parceiros comerciais, em especial a China.

Em conversa com jornalistas na embaixada do Brasil em Pequim (China), Corrêa reconheceu que todas as atenções se voltaram para a guerra comercial entre as duas grandes potências econômicas. Por isso, o momento é de ouvir a comunidade global antes do Brasil definir o que pretende alcançar no evento climático.

“O Brasil ainda não está colocando de maneira já muito definitiva o que a gente espera da COP 30,porque, a gente tem que analisar como é que o tema [guerra comercial] pode evoluir durante o ano”, disse.

Segundo o presidente da Conferência, embora a China seja uma das protagonistas no conflito comercial, os chineses permanecem firmes no entendimento de que a transição energética também é uma prioridade. “A gente ouviu uma claríssima convicção da China de que, primeiro, a gente tem que fortalecer o multilateralismo como forma de resolver os grandes problemas internacionais, mas nós ouvimos, sobretudo, uma convicção inabalável do governo chinês quanto à transição para uma economia de baixo carbono”, declarou o embaixador.

Corrêa também se encontrará com representantes da Alemanha, França e da União Europeia para discutir o contexto da COP 30 durante a disputa tarifária que englobou praticamente todos os países do mundo.

 

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