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Prefeitura de Belém dá início a reforma em prédios do Complexo Arquitetônico do Ver-o-Peso

Patrimônios públicos importantes, as estruturas ficam no centro histórico da capital paraense, compondo a estética da Belle Époque

O Liberal
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As obras de reforma e restauro preparatórias à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, foram iniciadas Complexo Arquitetônico do Ver-o-Peso nesta terça-feira (30) pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria de Urbanismo (Seurb). O trabalho inclui o Mercado Municipal Francisco Bolonha (o Mercado de Carne) e o Mercado de Ferro (também conhecido como Mercado de Peixe).

Patrimônios públicos importantes, as estruturas ficam no centro histórico da capital paraense, compondo a estética da Belle Époque, auge da economia da borracha na Amazônia. As obras visam à recuperação e proteção dos mercados e envolvem pavimentação, drenagem, instalações elétricas, impermeabilização, pinturas e outros serviços.

O secretário de Urbanismo, Lélio Costa, explica que o contrato da ordem de serviço do Mercado de Carne, que data de 1867, é no valor de R$ 6,54 milhões. Já a do Mercado de Peixe, fundado em 1901, envolve R$ 3,36 milhões. Ambas as obras contam com o prazo de entrega de 12 meses pela empresa Ten Tavares Energia e Construtora Ltda.

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“A Prefeitura vai manter o perfil e as características históricas. Além de melhorar a condição e estrutura aos trabalhadores, para que eles possam atender, cada vez melhor, à população e aos turistas”, destaca o secretário.

Obras para a COP 30

Ele ainda ressalta que o Complexo do Ver-o-Peso, com 25 mil metros quadrados e a maior feira livre da América Latina, conta com diversos espaços em obras. “São cerca de R$ 64 milhões destinados à reforma completa do Complexo do Ver-o-Peso, com ações em andamento pela Prefeitura de Belém, via Seurb, com recursos garantidos pelo governo federal, pela Itaipu Binacional”, informa Lélio Costa.

O secretário fez vistoria do início das obras nos mercados, além de outros espaços no Complexo junto à equipe da Itaipu Binacional, na manhã desta terça-feira (30). Além dos Mercados de Carne e Peixe, as obras do Complexo contemplam a Feira do Açaí, a Pedra do Peixe e a Feira Tradicional. Mais R$ 1,2 milhão foi aplicado na Ladeira do Castelo pela Prefeitura.

Valorização da cidade

A professora e pedagoga Cláudia Bonfá, que é de Minas Gerais, tem família que mora em Belém há mais de 30 anos, mas não vinha à capital paraense há seis anos, disse que estava impactada.

“Estamos impactados com as obras que acontecem aqui, como no Mercado de Carne. Muito me encanta esta arquitetura antiga, acredito que nunca entrei antes aqui, apesar de vir sempre ao Ver-o-Peso. O importante nas obras é manter a identidade cultural, a valorização e a fidelização de toda a comunidade paraense”, comentou.

Uma das pessoas que também passava pelo Mercado de Carne era o turismólogo Alessandro Lucas Mendes. Ele destacou que o lugar é bem importante para Belém, principalmente pela estrutura de ferro e por Belém ser escolhida para ser sede da COP-30. “Cada vez mais chegam turistas. Especialmente agora com a vinda da COP-30 para a cidade”, observou.

Para o artesão Kirk de Araújo, que atua no Mercado de Carne, as ações da Prefeitura são positivas, pois além do espaço estrutural, valorizam o turismo e o empreendimento. “Vai valorizar o turismo e o nosso negócio, fazendo com que a renda seja garantida a todos. Temos aqui prédios históricos e precisam ter a essência mantida”.

Félix dos Santos é vendedor de frango e trabalha há quase 50 anos no Mercado de Carne. Nesse meio século, ele conta o que já presenciou no local. “Algumas reformas foram feitas erradas e existem peças que não são mais originais. A nova reforma deve ser mais cuidadosa e chamar bastante atenção dos clientes e dos turistas. Estamos na luta e na esperança que tudo melhore”, afirmou.

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