Lula sobre falta de compromisso internacional: 'Ricos têm que fazer financiamento para a Amazônia'
Presidente critica falta de compromisso internacional com preservação da floresta e cobra cumprimento de promessas de financiamento climático.
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Durante evento em Belém nesta sexta-feira (14), o presidente Lula reforçou a necessidade de financiamento internacional para a preservação e o desenvolvimento da Amazônia. Em seu discurso, ele criticou a falta de compromisso dos países ricos e cobrou que honrem promessas feitas há mais de uma década para auxiliar a região. “Os ricos têm que fazer financiamento. Prometeram 100 bilhões de dólares em 2009, não deram. Ficamos atrás de 300 milhões, não deram. E agora a conta é de 1,3 trilhão de dólares”, afirmou o presidente.
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A declaração foi feita durante o anúncio de investimentos do Governo Federal para a cidade de Belém, em preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, que será realizada na capital paraense em 2025. Lula enfatizou que a realização do evento na Amazônia será uma oportunidade para que líderes mundiais conheçam a realidade da região e percebam a importância de investir em sua conservação. “Essa COP vai ser na Amazônia para vocês conhecerem a Amazônia tal como ela é. Conhecer o povo do Pará tal como eles são”, afirmou.
O presidente também destacou que, historicamente, os grandes eventos internacionais realizados no Brasil enfrentam resistência, citando a Copa do Mundo de 2014 como exemplo. Ele criticou aqueles que questionam investimentos em infraestrutura e defendeu que essas iniciativas têm impacto duradouro para a população. “A quantidade de canais que está sendo feita, a quantidade de drenagem, a quantidade de saneamento básico, de instalações novas, é uma coisa que vai ficar para o povo do Pará. Vai ficar para o povo de Belém”, afirmou.
Ao encerrar sua fala, Lula reafirmou o compromisso do governo brasileiro com a proteção ambiental e a responsabilidade em mitigar os impactos das mudanças climáticas. Ele criticou a falta de engajamento de líderes internacionais, mencionando a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a histórica recusa do país em assinar o Protocolo de Kyoto. “Eles não querem compromisso. Quem quer compromisso somos nós, que acreditamos na ciência e sabemos que o planeta está vivendo atitudes irresponsáveis”, concluiu.
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