COP 30: Reuniões acontecerão em Belém e obras serão concluídas até o evento, afirma secretário
Valter Correia descarta descentralização de reuniões e confirma intenção do governo de entregar obras para o evento, em investimento de R$ 6 bilhões
"Se você for descentralizar, você tem que descentralizar também os investimentos. Já está assegurado o valor de R$ 6 bilhões em Belém. E ninguém é maluco de colocar todos esses investimentos lá para depois fazer parte da COP em outras cidades. Seria uma maluquice". A colocação é do secretário extraordinário para a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), Valter Correia da Silva, diante de especulações de eventual transferência de reuniões relacionadas a esse evento internacional de Belém para outras cidades e acerca da conclusão das obras para a Conferência na capital do Pará.
Nesse sentido, como afirma o secretário Valter, o governo federal atua para entregar 100% das obras prometidas para receber a COP 30, a ocorrer em novembro de 2025. Ele pontua que o governo não quer repetir os erros da Copa do Mundo no Brasil, o que resultou em obras inacabadas dez anos após a realização do evento. "Estamos tomando muito cuidado para não começar nada que não termine", ressalta.
Investimentos
São mais de 20 pontos de obras espalhadas pela cidade de Belém, envolvendo também o Governo do Pará e a Prefeitura Municipal. Entre os projetos, estão a reforma do Mercado Ver-o-Peso, a adequação da infraestrutura da Base Aérea de Belém e do Terminal Hidroviário Internacional. De acordo com o secretário, a previsão é que as estruturas sejam entregues até meados de outubro. Até o momento, foram contratados R$ 6 bilhões de investimento em melhorias. "Cada uma [obra] tem seu time, mas todas elas estão dentro do cronograma para serem 100% entregues antes da COP", destaca Valter Correia.
A acomodação das autoridades que virão para a COP 30 apresenta-se como um dos maiores desafios para a organização da Conferência. São esperados cerca de 45 mil a 50 mil negociadores, além de outras 50 mil pessoas que circularão em outras agendas, de acordo com cálculo do governo federal.
O desafio envolve a capacidade dos hotéis na capital paraense para receber negociadores que costumam se hospedar em espaços de alto padrão. Desse modo, foi oferecido um financiamento por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) para obras de modernização dos hotéis. Está sendo construído um hotel modular, com 500 apartamentos. Essa edificação será transformada depois em uma estrutura administrativa para o governo estadual.
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Como outra alternativa figura o uso de navios de cruzeiro para hospedagem dos participantes. Nesse sentido, o governo trabalha na ampliação do Terminal Hidroviário Internacional, que vai abrigar duas embarcações durante o período do evento. A organização também conversa com plataformas de aplicativo de hospedagem para ampliar as opções.
Infraestrutura
Uma adequação da segurança e mobilidade na cidade está nos planos do governo. Na infraestrutura aérea, foi fechado um acordo com a concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Belém para acelerar as obras de modernização no local.
A malha aérea deve ser ampliada no período da COP 30. Apesar dos desafios, Valter Correia descarta a possibilidade de transferir reuniões da COP para outras cidades. (Com informações do portal Metrópoles)