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De olho em Belém, BNDES reúne bancos de desenvolvimento e Secretaria do Clima com foco na COP 30

Objetivo da reunião foi discutir a COP 30 com o setor financeiro não apenas sob a ótica do evento, mas também da negociação que se dará na Conferência.

Jéssica Nascimento

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou uma reunião estratégica em Baku, no Azerbaijão, durante a COP 29, para discutir com o setor financeiro internacional os preparativos para a COP 30, que será sediada em Belém, no Brasil. O encontro, que reuniu representantes do International Development Finance Club (IDFC), bancos nacionais e multilaterais, e a secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, abordou temas como a transição climática justa e o alinhamento financeiro ao Acordo de Paris.

A reunião teve a participação de instituições de peso, como o Banco Europeu de Investimentos (BEI), o Banco de Desenvolvimento dos Países Islâmicos (ISDB) e os bancos KfW (Alemanha) e Vnesheconombank (Rússia). O principal objetivo foi coletar perspectivas do setor financeiro sobre o papel da COP 30, que vai além do evento, abrangendo também as negociações climáticas globais.

Foco em uma transição justa

Ana Toni destacou o interesse brasileiro em alinhar a COP30 a uma agenda baseada em adaptação, transição e financiamento climático. “Estamos aqui para entender como vocês estão orientados para a COP30. No G20, já colocamos a governança e o financiamento climático no centro das discussões, e seguiremos com eles na COP”, afirmou.

O superintendente de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri, enfatizou a necessidade de estabelecer critérios concretos para definir o conceito de transição justa. “Esse é um conceito moral, mas precisamos de indicadores tangíveis. Podemos construir isso juntos como comunidade internacional.”

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Alinhamento internacional e taxonomia sustentável

Ana Toni também destacou o avanço do Brasil na implementação de uma taxonomia sustentável, cuja consulta pública foi aberta recentemente. Essa ferramenta será essencial para definir parâmetros nacionais, mas o desafio global ainda é a falta de critérios internacionalmente aceitos.

Representantes de instituições como o BEI e a MIGA, do Banco Mundial, reafirmaram seu apoio ao Brasil, oferecendo colaboração para a implementação das metas climáticas nacionais até a COP 30. Como próximo passo, o grupo pretende organizar uma reunião de alto nível com ministros da Fazenda de diferentes países para fortalecer o alinhamento global.

A COP 29 segue até sábado (22) e marca um importante momento de articulação para o Brasil, que terá protagonismo nas discussões climáticas globais em 2025, durante a COP 30 em Belém.

COP 29