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Sob coordenação do Departamento de Marketing do Grupo Liberal, aborda os temas relacionados à economia, negócios, tecnologia, comportamento e áreas afins. Publicação aos domingos, terças e quintas. A coluna recebe sugestões pelo e-mail maisliberal@oliberal.com.br.

Lúcia Tupiassú fala sobre os mais de 15 títulos lançados, entre séries, interprogramas e outros

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image Lúcia Tupiassú (Arquivo Pessoal)

Papo Liberal

A Mais Liberal conversou com Lúcia Tupiassú, roteirista com mais de 15 títulos lançados, entre séries de TV, interprogramas, curtas e longas-metragens, sobre os desafios e perspectivas para o setor audiovisual no Brasil.

Como você avalia o mercado audiovisual no país nos últimos anos?
Houve um crescimento expressivo. Em cifras, produções, bilheteria. Conquistamos público internacional nas plataformas de streaming, fomos destaque em grandes festivais pelo mundo. Hoje, a indústria audiovisual movimenta mais de R$ 20 bilhões por ano no país, fora sua relevância cultural. E tudo isso é resultado de anos de políticas públicas, investimentos no setor, profissionalização. Mas, desde 2018, a conjuntura política desfavoreceu os setores culturais. A Ancine sofreu uma paralisação e, agora, todos enfrentamos a pandemia. O momento é crítico e requer muita mobilização.

De que forma o setor audiovisual foi impactado pela pandemia?
De muitas formas. Produções foram interrompidas, adiadas ou até canceladas. Muitos profissionais ficaram sem trabalho. Cinemas foram fechados e lançamentos, adiados. Quando puderam voltar, as gravações ficaram mais caras com os novos protocolos de segurança. Os cinemas que reabriram seguem com baixíssima demanda. Mesmo os profissionais que puderam seguir com o trabalho remoto, como eu, tiveram que se adaptar às novas condições de temperatura e pressão do mercado... Por outro lado, os streamings se fortaleceram. O número de assinantes cresceu e isso pode trazer mais investimentos dessas empresas.

Você é criadora da série Fruti-feras, projeto de animação infantil com temática Amazônica. Como surgiu e qual é objetivo do projeto?
Em 2020, participei de um curso de roteiro audiovisual para o público infantil. Um universo riquíssimo e logo comecei a pensar em um projeto de série de animação. Quando soube do Edital de Audiovisual da Lei Aldir Blanc Pará, vi a oportunidade de desenvolver melhor o projeto, reunindo uma equipe toda nortista. O segmento infantil tem tido cada vez mais espaço no mercado audiovisual, mas faltam conteúdos mais diversificados, que coloquem nas telas a cultura de regiões para além dos grandes eixos. Fruti-Feras é uma série que alia temas e conteúdos infantis universais, com o diferencial da diversidade regional Amazônica, da valorização do meio ambiente e ainda um quê de fantasia.

Como você vê especificamente o segmento de roteiro?
Sabemos que, nos últimos dez, 15 anos, houve uma profissionalização forte por conta de políticas públicas e especializações privadas. A estabilidade da função de roteirista vem junto com o crescimento e a consolidação do mercado como um todo — criadores, diretores, técnicos e também os executivos e gestores, aqueles que contratam. Todos os elos da cadeia são importantes. Os Estados Unidos têm uma indústria audiovisual consolidada há muitas décadas. A associação de roteiristas, por exemplo, é fortíssima em Hollywood e dita regras que beneficiam toda a indústria, não apenas a classe.

Quais as dicas para quem quer se tornar roteirista?
Uma década atrás, quando comecei no roteiro, havia poucos cursos ou sites sobre isso. Nem os livros em português eram muitos. Hoje, a oferta é bem maior, ainda bem. Então, começo sugerindo que aproveite e estude muito. É um universo inesgotável, sempre há o que aprender. Além disso, indico que escreva sempre, sem esperar pela “inspiração”. E também leia roteiros, veja referências diversas, treine seu olhar, procure histórias na realidade. Nosso mundo é feito de histórias.

NOTAS: 

Abra um livro pra Fox não fechar
A Fox Belém, que este ano completa 34 anos, iniciou uma campanha para tentar amenizar os impactos econômicos causados pela pandemia e, assim, evitar o fechamento da livraria que é genuinamente paraense. O apelo é para que os leitores comprem, nos próximos dez dias, um livro, dvd, blue ray ou mesmo artigos de papelaria e presentes. Além dos lançamentos nacionais e internacionais, a Fox oferece todos os títulos de escritores paraenses. Os produtos podem ser adquiridos pelo telefone (91) 4008-0007 ou no local, na Travessa Doutor Moraes, 584.

Tip Jar
É o nome do novo recurso que está sendo testado pelo Twitter para o usuário poder monetizar conteúdos autorais. A ideia é facilitar que as pessoas enviem ou recebam pequenas doações, gorjetas, na plataforma. Para isso, poderão adicionar contas do PayPal, Patreon, Venmo e outros meios de pagamento on-line.

Incentivo ao emprego
O Governo Federal planeja um novo programa com foco na inclusão de informais no mercado de trabalho formal. Na etapa-piloto, a ser lançada em breve, a expectativa é que sejam contratados 2 milhões de jovens em dois meses, em um regime especial de treinamento. A ideia é que o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) funcione em paralelo ao Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ). Este último deve ser bancado pela empresa participante do programa. Já o primeiro, pelo governo.

Vai e Vem Solidário
Por conta da pandemia, muitas famílias estão passando fome. A situação alarmante levou o Instituto Criança Vida e o Fórum de Empresários Paraenses, com apoio do Grupo Liberal, a lançar uma campanha para arrecadar e doar alimentos não perecíveis. O ponto de coleta é o posto do Carrinho Velho, na Rua Domingos Marreiros, 1402, esquina com a Rua Nove de Janeiro, na capital. Também é possível fazer doações de qualquer valor via PIX, do Fórum de Empresários, por meio da chave de CNPJ 06.076.785/0001-62.

“Gestos de Amor”
Durante o mês de maio, a campanha vai incentivar mães e quaisquer voluntários a doar leite materno e utensílios como fraldas descartáveis e frascos de vidro com tampas de plástico para ajudar no estoque do Hospital Santa Casa de Misericórdia. O Shopping Grão-Pará, em parceria com o Corpo de Bombeiros, criou um ponto de coleta no piso térreo para receber as doações. Mais informações via telefone (91) 3218-6100 e no perfil @bosquegraopara no Instagram.

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